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O Ministério Público Federal em Arapiraca começou, esta semana, a investigar cartórios do interior de Alagoas que se negam a fornecer informações para identificação, delimitação, reconhecimento, demarcação e titulação de cinco comunidades quilombolas: Cajá dos Negros (Batalha), Alto do Tamanduá, Jacu, Mocó e Jorge (Poço das Trincheiras).
Foram pedidas informações ao Incra alagoano sobre o porquê disso. São detalhes que vão constar na Ação Civil Pública, do MPF.
Em duas destas comunidades, Jacu e Mocó, o retrato é do desprezo: o acesso as duas é por uma pista de barro, intransitável no inverno. As terras são guardadas por jagunços de fazendas próximas e separadas por uma porteira: brancos de um lado, negros do outro.
E se os cartórios se negam a dar informações sobre estas comunidades, é como se ao mesmo tempo dissessem que elas não podem existir. Nem no papel.