Marcos Filipe é jornalista formado pela Universidade Federal de Alagoas e viciado em tudo o que envolve Mídias Sociais, Cinema, Televisão, Música, Literatura e Eventos. Um Geek de carteirinha, ligado em desenho animado e games. Desde 2010 escreve sobre esses assuntos se alimentando todos os dias da mais pura Cultura Pop.
Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.
Há tempos eu não me emocionava em filme de super herói. Mulher Maravilha é o filme que os fãs da DC Comics esperavam, e finalmente a Warner consegue sair da sombra do Batman.
Primeiramente a DC e a Warner estão de parabéns por finalmente realizarem um filme de heroína, onde as meninas finalmente podem se inspirar, coisa que a Marvel vem empurrando com a barriga. E o mais legal, ao contrário da jornada do herói tradicional, onde ele nega o seu destino, Diana sabe que é uma deusa, sabe que tem poderes e que usá-los, o que torna o poder feminino ainda mais bonito.
Patty Jenkins trazer a versão feminina da heroína. O único problema é que ela não sabe filmar cena de ação e usa muito close-up onde era para ser panorâmico, então a coreografia das lutas se perde.
Gal Gadot ainda não é uma atriz de Oscar, mas sua atuação é digna de elogios, ela consegue trazer a doçura de Diana que muitas vezes era esquecida nas animações, inclusive nas dublagens, colocando sempre uma voz feminina grossa. Ela consegue ter o empoderamento de uma amazona em suas expressões, e ao mesmo tempo humanidade, principalmente nas cenas de Londres devastada pela guerra.
O filme também consegue mesclar a fantasia com a realidade. Atrevo a dizer que de todos os filmes da DC esse é o mais realista, porque a personagem e sua narrativa se encaixam perfeitamente no contexto europeu do início do século XX.
O primeiro ato do longa é lindo com suas cores e paisagens na ilha Paraíso, a medida que Diana vai para a Europa, a paleta vai ficando mais escura, inclusive as pessoas, tudo remetendo ao sofrimento da guerra.
Sem dúvida é um dos marcos da DC e da Warner porque ao contrário de outros filmes, contou uma história que precisava ser contada há um bom tempo, de forma simples e correta.
Uma das cenas mais lindas é a Mulher Maravilha no campo de batalha sozinha indo para cima de um exército alemão sem medo e com toda coragem, como de dissesse: pode atirar que eu aguento. Muito bom!
