Estava assistindo uma entrevista com um especialista em dietas e controle de ansiedade alimentar que citou uma frase por ele utilizada para fazer seus pacientes escamotearem e enganarem a fome: “Não é fome, é sede” Segundo ele, ao final da consulta cada paciente recebia um adesivo com esses dizeres para ser fixado na...
Estava assistindo uma entrevista com um especialista em dietas e controle de ansiedade alimentar que citou uma frase por ele utilizada para fazer seus pacientes escamotearem e enganarem a fome:
“Não é fome, é sede”
Segundo ele, ao final da consulta cada paciente recebia um adesivo com esses dizeres para ser fixado na porta da geladeira. O objetivo era confundir a mente levando-o a tomar litros d’água quando fome sentisse. Achei aquilo interessante e até já pus em prática esse conceito algumas vezes, mas até hoje não sou capaz de afirmar quanto à sua eficácia.
Então, pegando carona nessa ideia, fui me lembrando de situações onde poderia aplicar a mesma técnica, porém fazendo o oposto: desmascarando e revelando as intenções reais da mente em determinadas ações, pensamentos e condutas, chamando as coisas pelo verdadeiro nome , expondo as reais razões por trás de cada gesto e cada atitude que percebemos em nosso dia a dia com conhecidos, família e até em nós mesmo.
Deixo aqui minha sugestão de frases que podem ser recitadas como mantras ou até virarem adesivos -por que não ?
Não é sorte, é esforço
Não é medo, é cautela
Não é esquecimento, é descaso
Não é negligência, é indiferença
Não é atraso, é arrogância
Não é crítica , é inveja
Não é felicidade, é exibicionismo
Não é cansaço, é preguiça
Não é falta de tempo, é de vontade
Não é ambição, é ganância
Não é economia, é avareza
Não é saudade, é imaturidade
Não é amor, é posse
Não é ciúme, é desconfiança
Não é dor, é fingimento
Não é preocupação, é controle
Não é alegria, é loucura
Não é irreverência, é estupidez
Toda essa reflexão me fez lembrar da minha filha quando pequena, que no cair da noitinha começava a dar chilique ficando mal-humorada, de cara feia, chorosa e chata com tudo e com todos. Então falando baixinho, dávamos a sentença que a deixava furiosa:
“Não é chatice, é sono…”
Ela prontamente gritava aos prantos:
-NÃO É SOOOONOO!!!!!!