Há muitos anos, dois irmãos ocupavam cargos de diretoria numa mesma empresa estatal. Acontece que eles se odiavam desde sempre, sabe-se lá por qual razão. A relação entre eles era tão odienta que os “chumbetas” que os acompanhavam dentro da tal companhia, faziam de tudo para evitar o encontro de ambos pelos corredores e áreas...
Há muitos anos, dois irmãos ocupavam cargos de diretoria numa mesma empresa estatal. Acontece que eles se odiavam desde sempre, sabe-se lá por qual razão. A relação entre eles era tão odienta que os “chumbetas” que os acompanhavam dentro da tal companhia, faziam de tudo para evitar o encontro de ambos pelos corredores e áreas comuns, sob risco de agressões físicas e até tiroteio.
Certo dia, um desses bajuladores começou a falar mal de um irmão para o outro, dizendo que este era isso, era aquilo, que era bandido, que não valia nada, quando foi subitamente interrompido pelo chefe:
-Olha, eu sei que ele é isso e aquilo outro. Mas, não fale mal do meu irmão não, porque quando falam mal dele eu fico puto da vida. Você entendeu?
Não é difícil concluir que o tal assessor enfiou o rabicho entre as pernas e nunca mais ousou falar mal de um irmão para o outro.
Pois bem, vivo nesse momento um estado de intolerância e aborrecimento com o presidente. Nunca escondi meu voto e minha esperança nessa nova proposta para a presidência que era uma quebra total de paradigmas, elegendo alguém “fora do sistema”, que prometia virar o Brasil de ponta cabeça e ainda por cima com uma agenda econômica liberal, na qual acredito fortemente.
Sem querer entrar em detalhes, ando impaciente com suas declarações descabidas e truculentas, que em nada ajudam nesse momento de pandemia, onde precisaríamos de bom senso, além de equilíbrio político e emocional. Então volta e meia lanço meus queixumes seja pessoalmente, seja virtualmente através das redes sociais e aplicativos de mensagens. Então, eventualmente me chega um ou outro colega esquerdista , dando corda às minhas reclamações, dizendo que o presidente é isso e aquilo, quando nesse momento eu o interrompo abruptamente:
-Olha meu amigo, não me venha com suas falácias em relação ao presidente , mesmo eu concordando com algumas de suas palavras. Não aceito suas críticas , principalmente as suas soluções que envolvem a recondução de um bandido pertencente a um partido que é uma quadrilha e que deveria estar na lata de lixo da história. Eu posso falar mal do presidente porque fui seu eleitor e só aceito que falem mal dele, amigos que, assim como eu, também votaram e hoje andam desencantados com sua maneira de governar. Você entendeu?
Pois é, a decepção com o segundo marido , não torna o péssimo primeiro marido um homem bom e honrado.