Natal o ano todo

Árvore dos sonhos, Papai Noel do Sertão ou dos Correios, Ciranda da Solidariedade, Natal sem Fome, são muitas as denominações de campanhas que em boa hora chegam durante o período pré-natalino para levar um pouco de conforto e alegria aos que passam por toda a sorte de privações.
Evidentemente que todas elas são louváveis e representam exemplos do pouco que as pessoas podem fazer – ou será muito? – umas pelas outras. Há sempre o que dar ao próximo, mais necessitado.
O que sempre me pergunto é porque é preciso se aproximar o Natal para que as pessoas descubram que há gente passando fome, há gente doente, que há crianças que não têm um brinquedo, uma boneca ou um carrinho que seja?
Por que não podemos viver em um eterno mutirão, dividindo-nos na tarefa de levar um pouco para quem não tem nada.
Essas crianças que têm seus nomes colocados na árvore dos sonhos não brincam apenas no Natal e não precisam tão somente de um brinquedo. E precisamos saber que há mais, muito mais crianças cujos nomes nem sequer ocupam qualquer galho de árvore, no shopping ou na rua onde moram.
E as pessoas que passam privações não necessitam de alimentos apenas no período em que o espírito natalino bate a nossa porta.
Precisamos pensar nisso. E partir para a ação mais vezes, fazendo o Natal durar o ano todo.