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Luis Vilar

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O amigo do Grande Irmão!

O prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), vive a dizer que a Câmara Municipal é independente. Foi assim, por exemplo, em relação à sepultada Comissão Especial de Investigação da “máfia do lixo”, quando o chefe do Executivo, afirmou – com todas as letras! – ter deixado a bancada livre para decidir se votaria pela possibilidade do prefeito ser investigado ou não.

Ao final do cortejo da CEI do Lixo, quando esta já estava amassada no fundo da lixeira, o prefeito deu entrevista na rádio e afirmou: “os vereadores agiram por sua consciência”. Pois é! O prefeito dá demonstrações claras do quanto os edis podem pensar por si mesmos – ao menos os de sua bancada! – no caso envolvendo ele e Théo Fortes (PTdoB).

Amigo de Almeida, já foi inclusive secretário, o vereador Théo Fortes agora não é mais bem-vindo na Prefeitura Municipal por que usou de sua “consciência” ao votar pelo remanejamento de 10% do Lei Orçamentária Anual.

Ontem, o rompimento da amizade já havia sido anunciado nos bastidores. Logo em seguida, os cargos indicados por Théo Fortes foram exonerados. Pensar por si mesmo para os vereadores da bancada governista pode ter sérias consequências. Isso é notado por quem acompanha as conversas entre o prefeito Cícero Almeida e um secretário seu que já é conhecido nos bastidores como “primeiro-ministro”.

Para Almeida, a bancada está livre para aprovar CEIs, requerimentos e outras atitudes que contrariem o prefeito de Maceió, mas desde que estejam dispostos a pagar pelo preço da liberdade. Para Théo Fortes, o peso foi a caneta do prefeito; para outros – encorajados a ficar no mesmo lugar sempre e em silêncio – sabe-se lá qual o valor da liberdade!

Almeida não gosta de quem “jogue contra”. Em seu time, só “amigos”. O dom da onipresença e da onisciência me lembra o Grande Irmão do escritor George Orwell, sempre vigilante. E para terminar com Orwell, lá na Câmara Municipal de Maceió todos os vereadores são iguais, o problema é que “uns são mais iguais que os outros”.

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