Luis Vilar
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Existe um bloco “anti-Cícero” que almeja a Prefeitura Municipal, em 2008. Mas, ele não consegue decolar. Caso estes não mudem de estratégia política, o caminho ficará ainda mais fácil para Cícero Almeida (PP), que em breve terá de se precaver. Não somente em relação aos adversários, mas também por conta do “fogo-amigo”. A fogueira das vaidades começou a queimar…
Falta ainda um certo tempo para as convenções que devem definir os candidatos à Prefeitura Municipal. Dentro do PSB, partido que pode receber apoio da máquina do Estado para derrotar Cícero Almeida, ainda há uma grande – conforme números do Ibrape – rejeição popular. O nome da ex-prefeita Kátia Born lidera no quesito rejeição, quando ela aparece como uma possível candidata. O engenheiro e deputado estadual Alberto Sextafeira carrega o karma por tabela…
Sextafeira conseguiu – quando saiu da condição de vice-prefeito para prefeito, já no final do mandato de Kátia Born – realizar alguns feitos significativos dentro de um curto prazo de tempo, o que o habilitou a concorrer ao cargo de prefeito, jogando a briga – naquela época – para o segundo turno, quando foi derrotado por Almeida. Porém, naquele momento, ninguém sabia quem era Cícero Almeida. E como o próprio prefeito adora comentar, muitos duvidavam até de sua capacidade e de suas alianças na reta final das convenções.
O fato é que o bloco “anti-Cícero” ainda é muito fraco do ponto de vista da densidade eleitoral. Ai é onde está: o excesso de confiança pode ser uma pedra no caminho…
Motivo:
1 – O fogo-amigo
2 – As alianças políticas que podem comprometer a estrutura administrativa da Prefeitura Municipal
3 – O prefeito pode esquecer da necessidade urgente de dar uma resposta na área social, principalmente na pasta da Assistência Social
4 – O ex-vereador Jorge VI levantou questões que devem ser bandeiras no processo eleitoral. Até o presente momento, Cícero Almeida calou e não as respondeu, mas com certeza vai precisar dar satisfações ao eleitor.
Observação: Uma das questões levantadas por Jorge VI foram as licenças concedidas para os postos de combustíveis de forma irregular. Para esta aí, devemos elogiar o superintendente de Controle e Convívio Urbano, Edinaldo Marques, que respondeu habilmente a interrogação na CPI dos Combustíveis.
Abre aspas para a fala de Marques: Fizemos o que determina a lei municipal números 5.593, de 4 de fevereiro de 2005, do Código de Urbanismo e Edificações de Maceió, que diz que o pedido de licença para construção de um posto de combustível, tem que tramitar normalmente e depois ser concedido o alvará através da SCMMU. Os cinco processos fugiam do respaldo legal e por isso mesmo que negamos a concessão. Graças às liminares concedidas pela justiça que os empresários foram vitoriosos. Aspas devidamente fechadas…
Quando digo – no post anterior – que as questões no subsolo da Prefeitura Municipal podem surgir com a campanha, não falo de segredos, mas sim de questões que estão no Ministério Público e que serão usadas como ferramentas. Problemas que ficarão para o próximo mandato, seja reeleito Almeida, ou não. Algumas destas questões: Os contratos para o recolhimento do lixo com a Slum; a falta de licitação de transportes coletivos; a desabilitação da Assistência Social; o escândalo das merendas mal explicado; o rombo na Finanças também mal explicado; a suspeita sobre as Oscips…enfim…
É fato que muitos destes problemas já estavam instalados antes mesmo que Almeida assumisse a prefeitura, mas existem adversários que farão questão de esquecer o passado. E o prefeito não pode reclamar, afinal o administrador é ele, com o ônus e com os bônus…
Ao assumir o Executivo – como diz o matuto – se assume de porteira fechada, ou seja, com tudo que tem dentro…