O caso aberrante de Joaquim Gomes

O caso do município de Joaquim Gomes que mais de três anos após a eleição de 2008 terá uma eleição suplementar para finalmente eleger prefeito e vice, mostra como apesar de toda modernidade que o mundo vive como ainda é lenta a Justiça do País. A nova eleição será em 11 de dezembro e até lá o município continuará sendo administrado pelo presidente da Câmara, vereador José Marcelino (PSL).

Ele sucedeu o ex-presidente da Câmara, vereador Benedito Pontes (PP) que por dois anos (2009 a 2010) ficou como prefeito interino devido a não diplomação da prefeita reeleita Cristina Brandão (PDT) acusada de abuso econômico e compras de votos. O processo se arrastou por quase três anos, indo de uma instância a outra, do TRE para o TSE e somente este ano chegou-se a uma decisão final que permitirá a realização da eleição suplementar.

Bom para os dois vereadores que eleitos apenas para representar a população na Câmara de Vereadores terminaram provando o ‘gostinho’ de ser prefeito mesmo sem terem alcançado voto para tal mandato. Ruim para o candidato segundo colocado no pleito, o ex-prefeito Antonio Araújo (PSDB) que terminou sendo prejudicado e diferentemente de outros casos de cassação de mandato, não pode ser diplomado.

A nova eleição finalmente vai restabelecer a ordem jurídica na administração municipal, bem como permitir ao prefeito eleito em 11 de dezembro ter pouco mais de um ano de mandato para mostrar serviço e quem sabe tentar se reeleger. O calendário determinado pela Justiça eleitoral de Alagoas prevê para o período de 1º a 2 de novembro o prazo para realização das convenções que definirão os candidatos.