Luis Vilar
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O discurso do deputado estadual José Maria Tenório (PMN) foi marcado pelos “paradoxos”, na sessão passada da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas. Em um ambiente, onde alguns dos deputados estaduais – inclusive o presidente da sessão, Marcelo Victor (PTB) – assumiram a posição de vítimas em relação aos ataques da sociedade civil organizada, da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, e da imprensa, José Maria Tenório partiu para cima do deputado estadual Rui Palmeira (PR) por conta de uma entrevista concedida a este blogueiro.
Primeiro, o deputado Rui Palmeira ao usar a tribuna da Casa reafirmou o uso da expressão “cão de guarda” durante a entrevista concedida por telefone e chamou a atenção para o contexto da expressão utilizada na matéria. José Maria Tenório foi colocado por Rui Palmeira não em condição de menosprezo ou desrespeito. A expressão está contextualizada dentro de um questionamento onde se entende que José Maria Tenório passou a ser um “fiel escudeiro” de Fernando Toledo (PSDB), ao passar a defender a ida do presidente da Casa de Tavares Bastos para o Tribunal de Contas do Estado.
Antes do pronunciamento de Rui Palmeira, Marcelo Victor quis fazer crer que a discussão entre José Maria Tenório e Palmeira teria sido plantada pela imprensa, que teria publicado declarações as quais não existiram ou foram mal interpretadas. Sempre a culpa é da imprensa! Sempre é o parlamento que é atacado sem razões ou motivos! E o que o parlamento tem feito para recuperar sua credibilidade em meio a discussões e atos que não representam os anseios populares? O parlamento precisa olhar um pouco mais para o próprio umbigo e aceitar algumas proposições que são inclusive construtivas para que as ações dos deputados estaduais façam da Casa de Tavares Bastos aquilo que eles (os próprios deputados) pregam em discursos: A Casa do Povo Alagoano.
A expressão “cão de guarda” foi mal compreendida sim, mas pelo próprio deputado José Maria Tenório, que se apoiou nela para dizer que foi chamado de “cachorro” pelo colega parlamentar. José Maria Tenório havia dito que os deputados oposicionistas (leia-se Rui Palmeira, Paulão e Judson Cabral) agiam “de mentirinha” e por “conveniências” e que “Fernando Toledo tinha pré-requisitos para ir para qualquer Tribunal de Contas do mundo”.
Rui Palmeira achou estranha a defesa de José Maria Tenório, uma vez que o passado colocava o parlamentar do PMN e Fernando Toledo em corners separados – e rebateu com “cão de guarda”, ou seja, aquele que defende, que parte para o ataque ao ter seus interessados sendo atacados.
Agora vem o estranho. José Maria Tenório foi o deputado que mais atacou os seus pares com adjetivos e expressões de todos os tipos, ganhando inclusive páginas de jornais com suas palavras pouco carinhosas para com alguns de seus pares. Outro ponto paradoxal: um dos alvos destes adjetivos peculiares de José Maria Tenório foi o próprio Toledo, que colecionou o apelido de “frouxo”, dado pelo parlamentar do PMN. Estranho paradoxo…