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Luis Vilar

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O gás do lucro…

Os taxistas e os motoristas que utilizam o Gás Natural Veicular estão com toda razão do mundo ao reclamar do preço que é cobrado pelo metro cúbico do produto em Alagoas. Como se pode ver no recente depoimento do presidente da Algás, Gerson Fonseca, o que os postos de combustíveis que vendem o GNV fazem é nada mais nada menos do que um assalto ao consumidor. Detalhe: pode ser feito, já que não existe nenhuma fiscalização sobre o pretexto do mercado livre.

Fonseca falou aos deputados na CPI dos Combustíveis.

Então, o mercado livre que deveria ofertar o menor preço por conta da concorrência, em virtude o grande número de postos de combustíveis aqui em Alagoas, fecham em preço único. O que é isso se não for cartelização? Falta o quê para a CPI dos Combustíveis comprovar isto aí? O problema é que por trás dos postos de combustíveis se escondem ligações perigosas. Sem trocadilhos: será que a CPI vai ter coragem de estourar a bomba? De deixar estas ligações a mostra?

As licenças concedidas pela Prefeitura Municipal de Maceió também merecem ser analisadas, afinal são distribuídas com extrema facilidade, ajudando ainda mais na explicação do setor: quanto maior o número de postos, maior o preço também. Aliás, explicação esta que desafia a lógica capitalista. Mas, vamos aos números: em Alagoas o GNV é vendido aos postos de combustíveis – já com os impostos imbutidos no preço – por R$ 0,86/ m³. Se não me falha a matemática, o posto de combustíveis fica com R$ 0,73. É preciso uma explicação ponderável sobre este valor.

É preciso tratar os números de forma transparente. O que incide sobre estes 73 centavos que faz com que o lucro não seja exorbitante, ainda mais se levando em conta que não são todos os postos que oferecem GNV. Portanto, os que existem tendem a concentrar maior clientela, conseqüentemente mais vendas. O GNV começou a ser comercializado 1999 como uma grande promessa, mas agora – em 2007 – os taxistas alegam que foram enganados.

Conforme o presidente da Algás, diariamente são comercializados 120 mil metros cúbicos do GNV em Alagoas. Por ano, a Algás passa por oito auditorias. Elas são feitas pela Petrobrás, pelo Tribunal de Contas do Estado e pela Procuradoria Geral do Estado. Onde está o lobby do setor dos combustíveis?

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