Blog

Luis Vilar

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

Recebi um pequeno poema por email no dia de ontem, dia 06. Conheço o escritor Bertold Brecht, mas especificamente o texto que me foi mandado no dia de ontem eu não conhecia. Um grande amigo me encaminhou a mensagem depois de ter lido o último texto do blog. Realmente achei que “casa” com a mensagem que tentei passar para os leitores e por isto divido o texto com vocês.

“Derrubar uma floresta esmaga cem Homens/ Mas tem um defeito/ – Precisa de um motorista/ O vosso bombardeiro, general, é poderoso/ Voa mais depressa que a tempestade/ E transporta mais carga que um elefante/ Mas tem um defeito/ – Precisa de um piloto/ O homem, meu general, é muito útil:/ Sabe voar, e sabe matar/ Mas tem um defeito/ – Sabe pensar”.

Não sei o título do poema, mas o achei belíssimo. Se alguém souber, por gentileza, o cite.

Eis que após ler o texto, faço minhas considerações. Muitas vezes, as nossas autoridades (que nunca foram autores de nada em substancial, a não ser o paradigma falido e assolado por misérias no qual vivemos) são referendados em suas cadeiras pelos homens que “pilotam o bombardeiro”, que estão na linha de frente na derrubada das florestas por já estarem convencidos de que mudanças são improváveis.

Os ditos “poderosos” não possuem o poder em si. Eles ministram o poder, do alto de suas cátedras vazias de conhecimento, com a postura de déspotas esclarecidos, porque mantém e sustentam – com o chicote em uma mão e o dinheiro na outra – o contexto da miséria absoluta, do analfabetismo e do círculo vicioso com uma classe média medrosa e sem perspectiva que se troca por tostões como cargos comissionados, favores políticos e doces propinas que não são vistas como crimes, na suas parcas visões de Justiça.

A corrupção também está nos pequenos atos e referenda os grandes roubos. Somos a linha de frente de contexto, sobretudo os “pensantes”. Podemos sim dá meia-volta nesta estrada. Se dermos esta meia-volta, encurralá-los-emos (os poderosos) contra as paredes de seus frágeis castelos, que dependem de motoristas, pilotos, e outros homens que eles julgam – do alto do trono – não pensarem. Julgam que são uma espécie humana que se alimenta de suas sobras, do resto de seus soldos. Esta revolução silenciosa, puxada pela consciência, pode estar em pequenos atos. Dizer a estes generais, que seus “homens” são úteis, mas que ainda podem muito bem “aprender e saber pensar”

Veja Mais

Deixe um comentário