O inimigo mora ao lado

Os clubes de futebol de maior torcida de Alagoas estão prestes a deixar o noticiário esportivo e entrar para as resenhas policiais da imprensa do Estado.
O CRB, enquanto comemora a sua permanência na Série B, enfrenta conflito interno surgido de discordância entre dois dirigentes (o coordenador de futebol Henrique Rocha e o vice-presidente Enaldo Marques), que acabou se transformando em acusação de desvio de milhares de ingressos em cada partida do clube no Campeonato Brasileiro deste ano (só deste?).
Que sempre tinha mais gente do que o público anunciado, era visível. Além disso, nunca foi muito bem explicado como é que acabavam os ingressos e, depois, no borderô, eles não eram dados como todos vendidos. O que não se sabia, dito por testemunhas, era que o desvio vinha de dentro do clube.
E o CSA, hein? Ali nem precisa ter adversário, porque uns se encarregam de dar rasteiras nos outros. No processo sucessório ou de recondução de Ferro, já se vislumbra embate político. Incentivado por alguns, o prefeito de São Luís do Quitunde, Cícero Cavalcante, também está vendo o tapete ser puxado. Por que? É aliado de Renan Calheiros. Adversário de João Lyra e, por extensão, de Augusto Farias e outros com algum poder de mando entre conselheiros do clube.
Pobre futebol.