Luis Vilar
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O vereador Sílvio Camelo (PV) usou a tribuna da Câmara Municipal de Maceió – na manhã desta quarta-feira, dia 04 – para levar uma lista de medicamentos que – conforme ele mesmo –foram adquiridos pela Prefeitura de Maceió e serão redistribuídos aos pontos de saúde da capital alagoana.
Os medicamentos foram comprados em caráter de urgência depois que a Prefeitura Municipal – por falta de recursos, programação, irresponsabilidade ou outro motivo ainda não tão bem revelado – deixou faltar remédios, inclusive de uso continuado, nos postos de Saúde. Conforme noticiou a jornalista Vanessa Alencar, uma criança chegou a ficar sem insulina e correu riscos por conta da diabetes.
Camelo – que é líder do prefeito Cícero Almeida – traz respostas aos questionamentos de Silvânia Barbosa (PTdoB), que no dia de hoje, colocou que mesmo já comprados os medicamentos, ainda estão faltando nas unidades de saúde. Barbosa mostra até uma foto de uma das unidades onde é estampado o aviso da falta de medicamentos.
O aviso foi colocado por funcionários da farmácia temendo serem agredidos pelos usuários da rede municipal de saúde diante do caos da falta de medicamentos. Sílvio Camelo, ao apresentar a lista dos medicamentos comprados, espera ter dado a resposta. Porém, além disto, pediu respeito com os vereadores e se direcionou a Silvânia Barbosa.
O motivo de pedir respeito?! Ao ter mais um requerimento rejeitado (desta vez para a audiência pública sobre uma possível falta de merenda na escola), Silvânia Barbosa ironizou o fato da Câmara Municipal “blindar” do prefeito Cícero Almeida, rejeitando qualquer requerimento que supostamente o incomode. Ela questionou se era para ir à Câmara Municipal apenas receber chamada, ou se o prefeito seria patrão de alguns edis!
Na visão deste blogueiro, o questionamento – independente de ter vindo de Silvânia Barbosa ou de qualquer outro vereador daquela Casa de Mário Guimarães – faz sentido na atual conjuntura. Afinal, quem falta com o respeito?! Silvânia Barbosa – ao questionar qual a função da Câmara Municipal e a independência do poder – ou os vereadores da bancada, que agem de forma a silenciar a oposição e parecem ter aberto mão de uma prerrogativa legitima do parlamento-mirim: a fiscalização das ações do Executivo?
Os vereadores devem estar abertos ás críticas – sobretudo os da bancada governista – em função do caminho que escolheram, sabendo eles – inclusive – que estas podem ter respaldo no assunto que eles mais temem ou pensam: suas reeleições em 2012. O poder emana da representação popular. Questionar se esta representação é cumprida na Câmara é um ato coerente, seja por parte de um próprio vereador ou de qualquer outro cidadão!
É engano do líder – pelo menos na visão deste blogueiro – achar que é falta de respeito. Falta de respeito é passar cheque em branco ao gestor que deveria estar sendo fiscalizado. Isto sim é falta de respeito. Não com os vereadores, mas com uma sociedade inteira!