O ponto que falta

A vitória do Paulista sobre o Criciúma, em Criciúma, na rodada de terça-feira, deu uma desarrumada geral na cabeça do torcedor do CRB, preocupado com os riscos do time ainda vir a ser rebaixado para a terceira divisão.
É que os cálculos sobre probabilidades incluem parcela lógica de resultados de jogos. E o normal era o resultado inverso, o que faria com que o Paulista ficasse com o mesmo número de pontos que o Santa Cruz, 42.
Esta situação permitiria ao CRB poder efetivamente comemorar sua permanência na Série B com mais um empate, que o levasse para 48 pontos ganhos.
Peraí, eu disse permitiria? E aí, os 48 pontos não são mais suficientes?
O assunto ganhou discussão nas ruas e resenhas esportivas, com números diferentes surgindo a todo instante e de toda parte.
Acho, portanto, necessário, esclarecer o fundamento dos “meus” 48.
Vamos lá. Hoje, disputados 108 pontos (36 jogos) por cada time, a permanência na Série B estaria garantida ao Paulista e ao Gama, com apenas 45 pontos, mas com os mesmos 45 o Santo André seria rebaixado). O aproveitamento dos três é de 41,7%. Pela avaliação matemática, 42% dos pontos então seriam suficientes. A projeção disto para 38 jogos (o total de cada um ao final da competição) ou 114 pontos é de 47,8%, ou seja 48.
O risco real de ser rebaixado cresceu de 0,5% para 3,5%, nada mais que isso.
Claro que se só fizer este ponto que está faltando, o CRB não será mais ultrapassado por Santa Cruz, Remo e Ituano, mas ainda dependerá de algum resultado que lhe seja favorável em jogos que envolvem Santo André, Paulista e Gama, hoje os seus adversários diretos na classificação.
É preciso ter fé e acreditar. Mas, é muito importante também o time voltar a ficar concentrado em função do resultado que precisa. A goleada sofrida não pode trazer prejuízo maior do que o próprio resultado.