Luis Vilar
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Na lista de advogados que concorrem à vaga ao Tribunal de Justiça pelo Quinto Constitucional já havia aparecido de tudo. É tanta polêmica que o processo de escolha da lista sêxtupla – feita em votação direta pelos advogados – já atrasou e muito.
Primeiro foram apresentados 18 nomes, dos quais só restam 14. As acusações são fartas e variadas, vão desde candidatos que – segundo os processos julgados pela comissão da Ordem – não comprovam o exercício de função aos casos de falta de conduta ilibada para estar no Pleno do Tribunal.
A disputa pelo Quinto Constitucional já virou até ringue de boxe, envolvendo um procurador do Estado que foi agredido com um soco, por um candidato impugnado.
Porém, o vergonhoso são as suspeitas que pesam sobre alguns advogados. Há advogado que chegou a ser citado em esquema de corrupção ligada à Presidência da República, na Era Collor. Há candidato citado no esquema das Letras do Estado. Há candidato, inclusive, acusado de fazer lobby e ser “laranja” em operações escusas.
Porém, das artimanhas sofisticadas – algumas até já analisadas e punidas pela Ordem dos Advogados do Brasil com retirada dos nomes dos candidatos do processo do Quinto Constitucional – passemos ao mais recente caso. Um dos candidatos, que é um misto de advogado e empresário, foi acusado de estar fazer “um gatinho” para trazer energia elétrica para sua escola e para um motel.
Meus caros leitores, se evito citar nomes é porque os fatos são públicos, noticiados pela imprensa, e com documentos, inclusive. Além disto, como são tantos candidatos com uma mácula aqui ou outra ali que não quero cometer injustiça e acabar me esquecendo de alguém. Se eu fosse advogado e pudesse escolher os nomes da lista sêxtupla, eu teria dificuldades de votar. Mas, de certo, eu pensaria assim:
Primeiro: eu não votaria em ninguém citado – ainda que não comprovado – em esquema de corrupção. É dá sopa para o azar.
Segundo: eliminaria alguém acusado de ter sido funcionário fantasma do Legislativo
Terceiro: buscaria informações mais precisa sobre os Escândalos das Letras
Quarto: não daria meu voto a quem gosta de cevar os gatos
Quinto: acusações de lobby pesariam e muito na hora de dar o meu voto
Sexto: optaria pelos que tivessem exercício de profissão comprovada; de preferência com visão mais humanista
São só alguns cuidados. Pois, em Alagoas, gato escaldado de escândalos precisa aprender a ter medo de água fria. Caso contrário, alimentar-se-á o Judiciário de suspensões que resultam em operações federais que já conhecemos tão bem! Lembrando que a lista sêxtupla é encaminhada ao Tribunal de Justiça, que por sua vez, encaminha três nomes ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). O governador, então, escolhe um nome. Era para isto ter acontecido o ano passado, mas já estamos em fevereiro e até agora nem o início.