Os gestores de Traipu e a história de uma corrente

Pela segunda vez, em menos de duas semanas, os gestores públicos de Traipu desfilam no noticiário policial. A primeira foi a esposa do prefeito Marcos Santos- a primeira dama- capturada pela Operação Mascotch, da Polícia Federal, com outras mulheres de prefeito. Crime? Comprar, com dinheiro da merenda escolar, uísque doze anos, caixas de vinho e ração para cachorro.
O segundo é o ex-prefeito de Traipu, José Afonso Freitas Melro, um dos recordistas, no Tribunal de Contas da União, em ações envolvendo sua gestão. Não exatamente pelos méritos administrativos.
Segundo o Ministério Público Federal, Melro desviou R$ 789,6 mil dos cofres públicos em verbas da educação, entre 1999 e 2000.
Uma das cidades mais pobres de Alagoas, os gestores de Traipu são folclóricos em ações dos agentes federais. Na Operação Carranca- o prefeito Marcos Santos foi preso pela PF nesta investigação- uma corrente foi arrancada, pelos agentes da PF, da entrada da cidade. Em Traipu, só entrava quem passava pelo crivo de dois "cidadãos". Eram os "guardas" da cidadela do velho Chico.
E a corrente? Incluída nos processos, como prova da gestão do prefeito.