Usuário Legado
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Os dois retratos apresentam um profundo contraste. Um deles enxerga o que não existe no futebol jogado no Brasil. Este é formado pelos que faturam bem, cada vez mais, via clubes, federações, televisão e artigos esportivos, por exemplo. O outro é o momento preocupante, mostrado quando se faz uma eleição para a escolha dos melhores do Campeonato Brasileiro da Série A.
Concorrem ao título este ano dois jogadores estrangeiros – um deles um meia do Palmeiras, que briga por vaga na Libertadores, e o outro um atacante do Náutico, ainda lutando para não ficar entre os quatro que serão rebaixados para a segunda divisão – e um goleiro brasileiro em fim de carreira.
É preocupante. Muito. Afinal, a competição que reúne 20 clubes deve ter colocado em ação em média uns 700 jogadores. Não vou nem falar nos citados como revelações ou escolhidos por posições, pois encontraremos jogadores limitados, alguns até meio desconhecidos pelos que não acompanham o dia-a-dia do noticiário esportivo.
Enquanto isto, na Europa estão nossas seleções A, B e, talvez C, além de dezenas e dezenas de garotos que esperam sua vez de brilhar em campos da Espanha, Itália, Inglaterra, Alemanha e outros países menos votados.
Sinal de perigo. A fonte inesgotável pode estar secando. Não há outro caminho a não ser voltar a massificar a prática do futebol. Construindo mais campos, recrutando garotos nos bairros e a estes dando educação, alimentação e assistência médica.
Como isto é pedir muito, diante das nossas necessidades mais urgentes, aguardemos o pior.