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Luis Vilar

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Os nossos gauleses

Nos quadrinhos de Asterix e Obelix, os guerreiros gauleses lutavam contra o todo poderoso Império Romano de forma quixotesca, contando apenas com uma poção mágica que davam a eles superpoderes. Eles só temiam uma coisa: que o céu desabasse sobre suas cabeças! Ao assistir a sessão da Câmara Municipal de Maceió, lembrei da revista em quadrinhos. Enquanto os edis de Maceió erguiam suas vozes contra a Braskem, do lado de fora – no Centro de Maceió – o céu desabava (metaforicamente, evidentemente, devido às chuvas).

Em meio aos discursos quixotescos, que até propunham a retirada do “Império” da Braskem do local onde a fábrica está instalada, parte do teto do plenário da Casa de Mário Guimarães desabou, formando uma cachoeira em cima da Mesa Diretora, enquanto o presidente Galba Novaes (PRB) discursava. E assim, o pluviométrico desastre, pôs fim à sessão. Mas, mesmo com o “céu desabando”, os vereadores abriram uma Comissão Especial de Investigação (CEI) da Braskem. Mais uma na Casa, que se junta à CEI dos Combustíveis.

Duas CEIs que não tiveram o mesmo destino da irmã CEI da “máfia do lixo”, sepultada antes mesmo de ser aberta. Para a “máfia do lixo”, os nossos “bravos gauleses” não tiveram a mesma dose de “poção mágica”. Afinal, entendamos que há impérios mais difíceis de serem enfrentados. Sobretudo, quando alguns nobres gauleses vivem sob o manto de determinados “fios de bigodes”.

É claro que a CEI dos Combustíveis, assim como a da Braskem, pode e deve prestar serviços importantes para a população de Maceió. Afinal, concordo com o presidente Galba Novaes (PRB), quando diz que é papel do vereador fiscalizar e ir em busca de esclarecimentos para a população, por ser o edil o político mais próximo desta. Concordo com ele, que não pode ser dado o título de oportunistas aos vereadores, sem antes observar os trabalhos a serem desenvolvidos pelas CEIs. Mas, se deve fiscalizar sempre; e não só quando o alvo são condutas indevidas do setor privado. Também se deve ter o mesmo empenho, quando é o setor público.

A CEI da “máfia do lixo” poderia dar a mesma contribuição que estas duas instaladas possuem potencialidade para dar, caso levadas adiante de forma séria e responsável. Os nossos “nobres gauleses” poderiam ter o mesmo empenho para fiscalizar as denúncias que foram feitas sobre o IPREV, em relação à merenda e outros pontos, independente do que é mais sério ou menos sério, mas sim pela necessidade de esclarecimentos à população.

Mas, ao contrário dos gauleses deles (daquela antiga aldeia contra o Império Romano), os nossos conseguem ir à luta mesmo quando o céu desaba sob o plenário? Até conseguem! O que eles não conseguem é ir além de determinadas blindagens em relação ao Executivo. Se comparada à poção mágica dada a Asterix e a Obelix, a que alguns vereadores tomam – quando o assunto é investigar a prefeitura – tem efeitos inversos.

Em uma grandeza escalar da física: a forma como a Câmara Municipal de Maceió se agiganta para enfrentar a Braskem e os postos de combustívies é proporcional à forma como se encolhe quando o assunto é questionar a Prefeitura Municipal de Maceió. Porém, ressalto: considero as duas CEIs abertas de extrema importância e acho que a Casa de Mário Guimarães cumpre o que se espera dela neste caso. O problema se dá por não só existirem estes casos e por ser muito mais amplo o leque de atuação dos nossos 21 bravos (em algumas horas, não-bravos) gauleses.

Resposta

Resposta ao Paulo: Não Paulo, não estou ganhando um troquinho. Apenas é muito fácil fazer acusações de todas as formas, sem apresentar provas. Como jornalista, tenho responsabilidades com as informações que divulgo.

Se você me encaminhar provas do que você acusa, em relação ao processo de digitalização da Câmara, posso correr atrás de matéria. Mas, por mais que eu entenda que possa ter fundamento o que você fala, espero que você compreenda que certas informações e acusações não podem ser veiculadas sem devidas provas, sob o risco de ser pirotecnia, ou confundir mais do que explicar.

Como exemplo claro está a acusação que você acaba de me fazer com o termo "troquinho". Posso lhe assegurar minha honestidade intelectual para com o meu leitor e o mínimo que lhe peço é respeito a minha pessoa.

No mais – de coração! – se você tiver mais dados do que você acusa em comentário, me mande por email: lvilar2@hotmail.com! Posso apurar e publicar, de forma embasada, comprovada e ouvindo partes, como manda o bom jornalismo, que é o que busco praticar.

Abraços

Luis Vilar

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