Luis Vilar
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Uma série de questões ainda estão sem resposta com o afastamento de dez deputados estaduais acusados de integrar a organização criminosa que teria desviado mais de R$ 280 milhões do Poder Legislativo. Agora, o que chama a atenção é que no parlamento, até alguns suplentes estão enganchados com a Justiça. É processo para todo lado. É pecado para dar e vender. É lama batendo no nariz…
E o pior: o presidente afastado (agora mais do que nunca) Antônio Albuquerque (Democratas) ainda acredita que rema na Lagoa Azul. Como não pode estar com os remos em mãos, passou tudo para o fiel escudeiro Alberto Sextafeira (PSB), que nunca convocou eleições para a Mesa Diretora, que levou tudo com a barriga e que deixou a direção do Legislativo manca.
No entanto, agora não há mais como manter o parlamento coxo. É necessário convocar os suplentes, sob pena da Assembléia Legislativa não ter condições de funcionar, ainda que seja por um curto período, já que a decisão do desembargador Antônio Sapucaia vale apenas durante a colheita de provas. Mas, vamos lá: suponha que os deputados suspeitos – que sempre demonstraram “mão-de-ferro”, recuperem o “bom senso” que Sapucaia diz que eles perderam, e atentem – como coloca o jurista – para a “misericórdia Divina” e permita que os suplentes assumam.
Em alguns casos, é trocar seis por meia dúzia. Ainda bem que alguns suplentes não podem sequer assumir, conforme as primeiras informações divulgados. Porém, suponhamos que eles assumam. Já pensou? Gilberto Gonçalves retornaria ao parlamento alagoano. Gilberto? Aquele da gravação. Lembra? “Eu quero o meu dinheiro, que é dinheiro roubado e de corrupção”. E ai, lembrou?
Mas não é só ele. Assumiria ainda o Luiz Pedro. Como é que seria? Ele tomaria posse dentro da cela do Tático Integrado Grupo de Resgates (Tigre), caso pudesse assumir. Bem, a brincadeira que aqui se faz, mostra que quando o assunto é Assembléia Legislativa, nem os suplentes escapam das suspeições. É bom ter sempre o olho aberto. Caso contrário, seria como tirar 12 e colocar uma dúzia no lugar.
Como se não bastasse, alguns suplentes ainda correm o risco de responder pela Taturana, juntamente com Gonçalves, que agora é também inelegível. São eles, Alves Correia e Temóteo Correia. Resta-nos esperar para ver. Porém, não sentados, mas sim com a vigilante pressão popular. Ela é responsável por uma pá de coisas que vem acontecendo na recente História de Alagoas.