—Par ou ímpar? —Par! —5 –deu ímpar! —Droga! . Campeonato Brasileiro Série B: —Vamos lá, azulão! “CSA é rebaixado e vai disputar a Série C” —Droga! . Eleições 2022: —Bolsonaro, Rodrigo Cunha, etc… “Lula eleito presidente, Paulo Dantas governador, Renanzinho senador, etc…” —Droga! . Copa do Mundo Catar 2022: —Vamos lá, Brasil, sil, sil!!!! “Seleção...
—Par ou ímpar?
—Par!
—5 –deu ímpar!
—Droga!
.
Campeonato Brasileiro Série B:
—Vamos lá, azulão!
“CSA é rebaixado e vai disputar a Série C”
—Droga!
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Eleições 2022:
—Bolsonaro, Rodrigo Cunha, etc…
“Lula eleito presidente, Paulo Dantas governador, Renanzinho senador, etc…”
—Droga!
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Copa do Mundo Catar 2022:
—Vamos lá, Brasil, sil, sil!!!!
“Seleção eliminada pela Croácia nos pênaltis”
—Droga!
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Super Copa do Brasil:
—Vamos lá, Mengão!
“Palmeiras vence o Flamengo e é campeão da Super Copa do Brasil”
—Droga!
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Eleições para presidência do Senado Federal:
—Sou Rogério Marinho desde pequenininho!
Pacheco é reeleito presidente do Senado.
—Droga!
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—Par ou ímpar?
—Ímpar!
—4, par!
—Chega!
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Nunca pensei que estivesse ultimamente com o dedo tão podre. Todas as minhas escolhas naufragaram. Todos para quem torci, com muita ou pouca intensidade, foram condenadas ao fracasso. Foi uma coleção tão grande de frustrações nos últimos tempos, que estão me deixando deprimido —será que eu sou azarado ou preciso rever meus critérios de escolhas? —pergunto-me.
Definitivamente, sinto-me uma espécie de Mick Jagger alagoano que coleciona derrotas a cada aposta inexitosa. Será que não sei mesmo fazer escolhas? Logo eu que pontuo minha vida pelo zeloso bom senso em tudo que faço?
A cada decisão, pus minhas convicções e um tanto de paixão, criando perigosas expectativas que trouxeram decepcionantes frustrações.
Mas, pra mim chega! Não escolho mais nada, não torço para mais ninguém, muito menos alimentarei minhas esperanças em nenhum tipo de disputa.
Querem o Lula? Pois engulam-no. Querem o Pacheco? Podem levar pra casa.
Copa do Mundo? Nunca mais torço.
Flamengo, CSA? Nem ligo mais a TV em dia de jogo.
Acho que paira sobre minha cabeça uma nuvenzinha negra melando meus candidatos a vitória.
A cada derrota, meu pobre coração vai tornando-se de pedra por proteção pura e simples —confesso que estou quase tornando-me um niilista político-esportista, tamanha coleção de decepções.
Bem, ainda resta-me uma pequena esperança no ar: o Mundial onde o Flamengo enfrentará os galáticos do Real Madri. Se nos sagrarmos campeões , volto a acreditar na humanidade e na ineficácia do meu pobre e podre dedinho.
Tentarei alguma alegria no esporte já que na política a podridão reina em nosso país. Veremos…
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—Pedra, papel ou tesoura?
—Pedra!
—Deu papel!
—Droga!