Usuário Legado
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A capacidade de negociação do secretário Estadual de Saúde, Alexandre Toledo, será testada hoje à noite, em reunião com o Sindicato dos Médicos. A categoria se prepara para uma greve- a primeira do segundo mandato do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Toledo foi chamado ao encontro e topou a conversa, que não deve ser fácil.
A pauta dos médicos é extensa. 50% dos profissionais são prestadores de serviço- não concursados. Recebem o pior salário do Brasil- segundo eles: R$ 1.429. E quem presta serviço no Estado ganha mais que o profissional.
Um plantão em um minipronto socorro custa mil reais ao não concursado; duzentos se ele for profissional. Há falta de médicos no Hospital Geral do Estado, na Unidade de Emergência do Agreste e quem trabalha no Samu em Arapiraca recebe mais que o profissional, do mesmo Samu, em Maceió
A proposta dos médicos é um Plano de Cargos e Carreira (PCC)- já implantado pela Prefeitura da capital.
Os médicos devem decidir, na noite desta segunda-feira, pelo indicativo de paralisação. Apenas as urgências e emergências funcionam. Os ambulatórios terão atendimento reduzido a 30%.
OS não!!
Em mais um capítulo da crise na Saúde, o Conselho Estadual de Saúde aprovou, no dia 2, uma moção de repúdio à decisão de que o Hospital Clodolfo Rodrigues de Melo, em Santana do Ipanema, seja administrado por uma OS- Organização Social. "Transferindo a gerência pública do SUS para uma entidade privada, mediante o repasse de patrimônio, bens, serviços, e recursos públicos, ferindo a Constituição Federal e a Lei Orgânica da Saúde º. 8.080/90 que admitem a prestação de serviços privados de saúde de forma complementar ao SUS e não substitutiva a serviços ou órgãos do SUS, desrespeitando assim os direitos sociais historicamente conquistados pela sociedade brasileira", argumentam os conselheiros.
A atuação das OSs está sob investigação do Ministério Público Federal.