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Quando a mão que aperta um gatilho em Alagoas é a de um político, uma verdadeira guerra começa no Tribunal de Justiça e no Ministério Público Estadual. É assim como está posto para o afastamento de parlamentares da Assembleia, envolvidos em pistolagem ou os populares "crimes de mando". Ao falar sobre pistolagem, o chefe do Ministério Público Estadual, Eduardo Tavares, traça um quadro assombroso. Veja trechos da entrevista, publicada neste domingo, em O JORNAL:

"Infelizmente alguns parlamentares, que foram eleitos e recebem para defender os interesses do povo, insistem em trilhar pela criminalidade e o fazem amparados pela impunidade que decorre da chamada “imunidade parlamentar”. Mais uma razão para que a sociedade fique alerta nas eleições vindouras. Quanto à suspensão do curso dos processos que envolvem parlamentares, entendo que as casas legislativas até podem fazê-lo. Acho, entretanto, que as medidas cautelares estão fora do alcance da referida suspensão. O Ministério Público de Alagoas continua pugnando pelo afastamento de parlamentares processados não apenas por crime de homicídio qualificado (os chamados crimes de mando), mas por qualquer delito grave"
"No caso de Alagoas até que conseguimos afastar alguns parlamentares dos seus cargos por meio de medidas cautelares determinadas na órbita de ações civis por ato de improbidade administrativa, conforme todo mundo acompanhou. Pode-se dizer mesmo que foi uma proeza no Brasil se conseguir este tipo de resultado. Infelizmente o presidente do STF cassou as liminares que mantinham afastados esses políticos. Ele (o presidente do STF) tem o entendimento de que a lei de improbidade não se aplica no seu todo a agentes políticos, como os deputados, por exemplo".
"Sou absolutamente contra a imunidade parlamentar, na forma como ela vem traçada na Constituição. Suas opiniões e voz, entretanto, deverão ser sempre preservadas. Vivemos em um estado democrático de direito. Essa é a chamada imunidade formal diretamente relacionada ao exercício da atividade parlamentar. Fora disso, não há falar em imunidade, mas sim em impunidade"
"As afirmações que teriam sido feitas pelo Ministro Gilmar Mendes ao blog Josias de Souza são graves porque feitas por um Ministro do STF e que inclusive preside a Corte Suprema. Tais afirmações, da forma como teriam sido feitas, geram perplexidade e insegurança, sobretudo porque sua excelência seguramente não haverá de ter nenhuma solução ou até mesmo sugestão para a resolução do problema. O ministro que supostamente fez tal declaração é o mesmo que tem se mostrado pródigo na concessão de habeas corpus para todas as espécies de delinquentes, inclusive àqueles envolvidos em crimes de sangue.
"As instituições juntas estão trabalhando para superar a velha cultura da impunidade que impregnou os tecidos sociais em nosso Estado. Nada é fácil, mas também nada é impossível"

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