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Pobre é pra se lascar?

Infeliz. É o mínimo que se pode dizer da declaração do superintendente municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), Ivã Vilela, sobre a qualidade do serviço de transporte urbano de Maceió e o poder aquisitivo da população da cidade.
“Se a população não pode pagar caro, não pode exigir muito”, disse Vilela, acrescentando: “Temos que adequar custo operacional com a realidade da população”.
Feito um dia depois de o prefeito Cícero Almeida dizer só autorizar um reajuste mínimo – 10 centavos – e melhoria no transporte coletivo, o comentário soa completamente fora de propósito, intempestivo.
É chegada a hora não se tomar como parâmetros tarifas cobradas em outras capitais, visto que cada uma tem a sua realidade, características próprias. E sempre que comparamos nossos índices com os dos outros, sempre acabamos levando a pior, ainda que em princípio isso não pareça real.
Entendamos de uma vez que o sistema de transporte não tem a ver apenas com a idade dos ônibus e, dias atrás, comentei aqui mesmo neste espaço que estavam se tornando freqüentes as quebras de veículos no transporte de passageiros. Tem a ver, também, com condições de segurança e conforto, qualidade no atendimento e boas condições nas paradas.
O pobre tem direito, sim, a um serviço de melhor qualidade. E o Poder Público é obrigado a oferecer condições para que isto aconteça.
Dizer que se a população não pode exigir muito porque não pode pagar caro é o mesmo que entender como justas as disparidades existentes no atendimento médico particular, nos planos de saúde e no SUS ou concordar que a escola pública é de má qualidade porque o aluno não pode pagar.

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