Usuário Legado
Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.
Os autos do processo que relatam o assassinato do ex-cabo José Gonçalves, em maio de 1996, em um posto de gasolina na Via Expressa, mostram porque o consórcio de deputados estaduais- João Beltrão, Cícero Ferro, Antônio Albuquerque e Francisco Tenório- levou o plano adiante.
O motivo, segundo o juiz Maurício César Brêda Filho, que pediu o encaminhamento do processo ao Tribunal de Justiça, é "torpe".
"O motivo torpe é aquele de índole subjetiva, egoístico, revelador de conduta caracterizada pela perversidade. Os réus, de acordo com as provas dos autos, provavelmente desencadearam a ação por vingança, motivo caracterizado como torpe. Indicam as provas dos autos, que o fato teria ocorrido em virtude da suposta negativa da vítima em cometer um crime a pedido do deputado João Beltrão, quando trabalhava para este, quando supostamente fazia parte da chamada "turma do João Beltrão", conforme consta do depoimento do acusado Manoel Francisco Cavalcante transcrito às Fls. 45/49 dos autos, das declarações prestadas por Ana Maria Pereira Valença, às Fls. 50/54 dos autos, bem como pelo depoimento da testemunha Garibalde Santos de Amorim, às Fls. 204/206. Convém frisar que, a própria vítima, já havia prestado depoimento nesse sentido, no interrogatório de processo crime a que respondeu.