Programa de educação fiscal e a história do calote

15 de novembro. A data promete ser histórica em Alagoas, pelo menos para a Secretaria da Fazenda, que vai relançar o Programa de Educação Fiscal, em versão melhorada.

Para a festa estão sendo convidados até os governadores de São Paulo, José Serra e Aécio Neves, expressões do tucanato nacional. Mas, serão constrangidos ao chegar a Alagoas.

Isso porque a empresa que está tocando o megaevento é a PAZ, de São Paulo, tocada pelo publicitário Einhart Paz. Essa é a empresa que deveria pagar uma parte dos salários na confusa e homérica saga dos trabalhadores da campanha a Prefeitura de Solange Jurema, acusada de dar "calote", ou seja, não pagar os salários de jornalistas, câmeras e por aí vai.

Todos trabalharam, mas tiveram até que retirar os HDs dos computadores para "forçar" um pagamento mais acelerado.

Einhart está pessoalmente em Alagoas para tocar o projeto de publicidade do evento. Quer que isso tenha repercussão nacional, aliás, são as ordens recebidas. Um dos mais caros publicitários do Brasil é visto com frequência no Palácio República dos Palmares.

Quem está com salário atrasado, pensa em protesto. Vai distribuir panfletos para as mãos de Serra, Aécio e assessores para "mostrar" o outro lado da mesma história.

Pelo projeto, a idéia é que seja instituído o Programa de Estímulo à Cidadania Fiscal para "transformar o cidadão em agente fiscalizador do recolhimento do ICMS pelos contribuintes estaduais. Para isso, ele poderá receber créditos que poderão ser utilizados para redução do valor do IPVA, depósito em conta corrente, poupança ou cartão de crédito", diz o programa, na página da Secretaria da Fazenda.

O calote da PAZ? Ninguém fala, porque ninguém pode saber.