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Luis Vilar

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PSOL: uma crise que só aprofunda!

A crise interna do PSOL é muito mais profunda do que aparenta na superfície das matérias que já foram publicadas em jornais. É de chamar atenção a animosidade existente entre a troca de “emails” entre pessoas dentro do partido. De um lado estão os defensores do vereador Ricardo Barbosa (PSOL), do outro os detratores.

Uma das questões diz respeito ao uso da verba indenizatória por parte do edil Ricardo Barbosa. Muitos são os que questionam os gastos do gabinete do vereador do PSOL, que podem inclusive – com base em um email trocado entre dois membros do partido – não terem seguido os destinos que se espera de um vereador de esquerda.

Os “xingamentos” são vários. Ora, o tratamento se dá por divergência no campo das ideias; em outros momentos, a briga é mais intensa entre funcionários do gabinete de Ricardo Barbosa e demais membros do diretório municipal que vão pedir hoje a suspensão do esquerdista. Acusações para todo lado, inclusive apontando para um possível “golpe” contra Barbosa que teria começado a ser arquitetado dentro de seu gabinete.

Se vítima ou vilão, a decisão ficará por conta da Comissão de Ética do PSOL que virá ao Estado de Alagoas analisar a conduta do vereador Ricardo Barbosa. Segundo ele, a pedido dele mesmo. A crise interna do PSOL faz de Barbosa um personagem de um enredo cheio de detalhes que pouco se revelam. A imagem “romântica” de um partido em prol das causas perdidas parece estar arranhada e preocupar a muitos dos integrantes. Alguns sem saber em quem acreditar!

Em um dos emails trocados a polêmica verba de gabinete da Câmara Municipal é citada como “nuvem de fumaça”. Mas, uma nuvem que teria um gosto especial, sobretudo para alguns de uma corrente ideológica chamada MES e para um credor de campanha eleitoral. Se verdade ou não, que a Comissão de Ética do PSOL apure! Se inocentado, Ricardo Barbosa merece ser reconhecido; e no mínimo um pedido de desculpas. Se expulso do partido, terá explicações a dar, porque o partido vai precisar detalhar cada um dos motivos que levaram Ricardo Barbosa a ser retirado da legenda.

Detalhar para seus eleitores e para a sociedade em geral!

Pois bem, se um dos motivos é a verba indenizatória, é bom ressaltar: deixa de ser uma questão interna do PSOL para se tratar do uso de dinheiro público! É mais que divergência ideológica ou partidária! Não estamos dizendo com isto que Ricardo Barbosa é culpado ou inocente. Apenas, uma reflexão sobre aquilo que os próprios membros contrários à Barbosa do próprio partido afirmam: o pedido de esclarecimento sobre o uso da verba de gabinete! Assim, se inocente, que seja inocentado – ao menos neste ponto – e se culpado, punido! Óbvio!

De acordo com a assessoria de Barbosa, a prestação de contas de seu gabinete é encaminhada para o Ministério Público, que por sua vez manda para controladoria; e – até este presente momento, segundo assessores – sem qualquer questionamento que desabone o “parlamentar-mirim”. Mas, se comprovado que a verba alimentou algumas bocas do MES sem necessariamente ter uma relação com a atividade legislativa, que confusão, heim?!

O vereador Ricardo Barbosa conversou com este blogueiro sobre o conteúdo de um dos emails que o acusa de pagar débitos de campanha com o dinheiro da Câmara. Ele alega que são inverdades criadas dentro do próprio partido para desestabilizá-lo. “Isto não é existe. É absolutamente mentira”. Para Ricardo foi revelado o remetente do email. Ele disse desconhecer o conteúdo, mas afirmou que se tratava de uma pessoa amiga sua, mas que não trabalhava em seu gabinete.

“É impossível de se usar a verba de gabinete desta forma porque a leis que a regem, inclusive uma delas que é a da redução de R$ 27 mil para R$ 9 mil é de minha autoria. Os meus gastos são devidamente comprovados e a prestação de contas é encaminhada ao Ministério Público e eu posso mostrar e isto é facilmente constatado. Eu vou superar esta crise e esta página será virada”, colocou Ricardo Barbosa.

As trocas de acusações dentro do PSOL são muito fortes! Vale ressaltar que o partido precisa de fato ser passado a limpo, caso ainda queira ser visto com a mesma seriedade que arrebatou votos em 2006 e 2008. Esta assepsia dentro da agremiação foi destacada até pela vereadora Heloísa Helena (PSOL) em contato com este repórter, em uma única frase: “Quem for podre, que se quebre. De preferência na cadeia. Em qualquer galho ideológico”.

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