Punição exemplar

A cada dia que passa, cresce o número de veículos novos vendidos no Brasil. Muitos deles são colocados nas ruas praticamente como armas de fogo nas mãos de motoristas inexperientes, despreparados e perigosamente irresponsáveis. Recebem, obviamente, o incentivo da impunidade vista a cada acidente que ocorre, haja ou não vítimas fatais.
Não são punidos por avançar sinais, falar ao celular, não respeitar faixa de pedestres, simplesmente porque não há como fiscalizar toda parte o tempo todo.
O mais grave é que estes potenciais assassinos vão, depois, para as estradas, onde, em maior velocidade, tornam-se ainda muito mais perigosos.
Defendo punições exemplares aplicadas de forma imediata ao cometimento de determinadas infrações de trânsito. Uma pena mínima, que o infrator tivesse que cumprir enquanto se desenrola o inquérito que vai levá-lo ao julgamento.
Por exemplo, dirigir embriagado e provocar morte por atropelamento valeria cinco anos de prisão.
A Inglaterra já encontrou o seu código. Lá, o uso do celular ao volante dá um ano de cadeia. Sem discussão, julgamento e contestação.
Dirão que será mais um incentivo ao pagamento de propinas para se evitar que a infração seja lavrada. Problema é que se não pudermos criar uma legislação séria, severa, mínima que seja, em função do nosso problema cultural, estaremos reconhecendo que tudo está mesmo irremediavelmente perdido.