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Quem ficará com o prefeito, depois do caos?

Denunciado ao Tribunal de Justiça, pelo Ministério Público Estadual, na máfia do lixo, o prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), tenta sobreviver, sozinho, na seara polítca. No PP, do senador Benedito de Lira, o clima é de silêncio, sem manifestações de solidariedade.
Na Câmara de Vereadores, Almeida ainda não nomeou o líder do prefeito no legislativo da capital. "Ele é um ótimo administrador, mas um péssimo político", disse um integrante da Casa Mário Guimarães, ao blog.
Vereadores reclamam que tentam ser recebidos por Almeida. São vetados pelo chefe do Executivo.
Qual o tamanho do caos? O Orçamento do Município sequer foi publicado no Diário Oficial do Município. Isso por faltar um carimbo da Secretaria de Planejamento. Ele voltou para a Câmara porque o esboço das emendas apresenta erros- incluindo os de português.
Sem interlocução, Almeida tentou uma conversa com o senador Fernando Collor (PTB), rompido com ele "até segunda ordem". Não conseguiu.
Sem interlocução, Almeida tentou ganhar mais capital eleitoral com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Recebeu um "não", como resposta.
O que sobrará ao prefeito?
Peso do passado
Um amigo me lembrou de uma matéria do Terra, de 13 de outubro de 2004, sobre o prefeito Cícero Almeida, então no PDT:
PDT vai mostrar denúncia no programa em Maceió
O feriado de ontem começou com uma inusitada entrevista do candidato do PDT a prefeito de Maceió, Cícero Almeida. Ele resolveu antecipar parte do conteúdo de seus próximos programas no horário eleitoral. Em entrevista a uma emissora de rádio, o candidato listou uma série de insinuações e acusações contra a prefeita Kátia Born e o candidato Alberto Sextafeira (PSB/PT), seu adversário do segundo turno na disputa pela Prefeitura de Maceió.
"Existem os processos que o candidato da prefeita responde, que se referem aos escândalos do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet). Mas vai aparecer outro escândalo, que estava no anonimato, que vocês vão acompanhar no programa eleitoral. Até Brasília tem conhecimento disso", afirmou Almeida.
Almeida não adiantou o conteúdo do "escândalo", mas falou de supostas irregularidades na administração municipal, envolvendo a prefeita e Alberto Sextafeira. "Meu primeiro ato quando assumir a prefeitura será uma auditoria, que será feita de secretaria em secretaria", disse. "Quero saber o que ela (Kátia Born) fez com os repasses de 2000 a 2002, repasses de R$ 30 milhões, R$ 50 milhões que foram aprovados pela Câmara de Vereadores", afirmou.
"Quero que ela dê explicações sobre os R$ 118 milhões aprovados para a Saúde em 2000, dos R$ 127 milhões aprovados recentemente, dos R$ 360 milhões que o Sistema Único de Saúde (SUS) repassou nos últimos quatro anos", diz Almeida. O candidato do PDT falou ainda sobre supostas empresas de Kátia Born e Alberto Sextafeira, que "funcionariam" na Secretaria de Saúde, gerenciadas por um irmão de Sextafeira.
"Existe uma empresa dentro da Secretaria de Saúde que é da atual prefeita e gerenciada pelo irmão de Sextafeira. Ninguém disputa com eles na licitação. Eles ganham todas. Isso é lícito ou ilícito?".

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