Reflexões

Dois prestigiados jornalistas/escritores estiveram na última semana, em Maceió, participando da Bienal do Livro. Carlos Heitor Cony e Zuenir Ventura concederam entrevistas e proferiram palestras.
Do segundo, ouvimos que, via crianças, os brasileiros estão lendo mais, apesar dos livros caros, poucas bibliotecas e acesso difícil para as camadas mais pobres. “Na nossa época, é que nós não líamos nada”, afirmou.
Já Cony trouxe para nós, jornalistas, uma certeza para muitos já constatada de que a imprensa foi massificada com a industrialização e que, hoje, a maioria dos jornalistas escreve igual; pior, pensa igual.
O escrever igual, padronizado, até que se entende, por conta da ausência de melhor orientação prévia e de tempo suficiente para uma redação mais apurada.
Mas, pensar igual é sério; muito sério.
Talvez isto explique a reação dura, às vezes violenta, dos que de alguma forma têm sua opinião contrariada. Ou a do patrão, o que é pior.