Blog do Valderi
Valderi Melo
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse na tarde desta terça-feira (8), que ainda não há definição sobre o recesso parlamentar, que constitucionalmente tem início no próximo dia 22 de dezembro. O pedido para que o Congresso Nacional permaneça em funcionamento foi feito pela presidente da República Dilma Rousseff. O governo entende que é melhor agilizar o pedido de impeachment contra Dilma, na Câmara dos Deputados, para evitar danos ainda maiores ao país, mas setores da oposição resistem.
— Há uma grande preocupação quanto ao recesso, muitos acham que cruzar os braços nesta hora é agravar o quadro político, econômico e social. Por isso, é preciso refletir bastante e decidir o que nós vamos fazer — disse Renan. Ele explicou que existem cinco cenários para que o Congresso continue funcionando, entre eles, a convocação extraordinária feita pela presidente Dilma, a autoconvocação do Congresso e até mesmo a não votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O presidente do Senado também entende que é preciso ouvir a sociedade sobre a necessidade de se convocar ou não o Congresso.
— É preciso ouvir a sociedade, se ela quer o Congresso funcionando, votando o que tem que ser votado e concluindo esse processo que já começou; ou se quer que o Congresso cruze os braços. Essa é uma decisão que nós temos que dividir com todo o mundo. A posição do presidente é sempre de responsabilidade e de equilíbrio e ele precisa refletir o pensamento majoritário da Casa — argumentou Renan.
Carta de Temer
O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) não quis avaliar o conteúdo da carta do vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), à presidente Dilma Rousseff.
— É uma carta pessoal, de desabafo, não é um documento coletivo, partidário — enfatizou.
PMDB
Renan Calheiros afirmou que o PMDB deve ter uma posição programática no governo. Para ele, o partido precisa contribuir com uma solução para a crise que atravessa o país.
— O Brasil mais do que querer, cobra que o maior partido ajude o país a sair da crise e essa é nossa responsabilidade. Cruzar os braços nesse momento significa fragilizar a representação política e agravar as crises que estão postas, social, econômica, política. Nós não podemos fazer isso — encerrou.