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Agência Estado
Em meio à disputa entre PMDB e PT por cargos do segundo escalão e ao trabalho do Planalto para conter o apetite da base aliada, os peemedebistas ainda travam duas guerras particulares: a briga por nacos de poder, entre as bancadas de deputados e de senadores, e um embate entre gigantes – o presidente do Senado, José Sarney (AP), e o líder Renan Calheiros (AL), que desfazem a parceria política quando o assunto é a presidência da Eletronorte.
A disputa entre Renan e Sarney nos bastidores do PMDB começou a partir do fracasso da operação política para manter José Antonio Muniz no comando da EletrobrAs. Os dois trombaram quando o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, movimentou-se para acomodar o técnico apadrinhado por Sarney à frente da Eletronorte.
Diante da decisão da presidente Dilma Rousseff de tirar Muniz da Eletrobras, a alternativa pensada por Lobão e Sarney foi a de levá-lo de volta à estatal que o maranhense já havia presidido durante o governo Fernando Henrique Cardoso. A saída da holding para a Eletronorte serias um bom prêmio de consolação para Muniz Afinal, ele ficaria à frente da empresa que vai operar a usina de Belo Monte, projeto pelo o qual lutara 35 anos para ver aprovado.
O problema é que Renan já estava de olho neste posto para atender o pleito de outro peemedebista: o ex-deputado Jader Barbalho (PMDB-PA), que obteve votos para voltar ao Senado na eleição de outubro passado, mas acabou barrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ter renunciado ao mandato para escapar da cassação quando era senador em 2001.