Resultado final nas urnas mostra que há uma grande divisão entre os advogados alagoanos

Assessoria

Marinela vence a eleição com uma pequena diferença sobre a oposição

O resultado da eleição para a nova diretoria da OAB em Alagoas, onde a candidata da situação, Fernanda Marinela, foi eleita para gerir a entidade no período 2016-2018, mostrou que existe hoje uma grande divisão entre a categoria. Marinela vence com pouco mais de 150 votos de diferença sobre o segundo colocado, advogado Fernando Falcão, com quem polarizou a campanha até a reta final.

A apuração final deu a vitória a Marinela com 1.809 votos, seguida de Fernando Falcão com 1.653 votos e Roberto Mendes com 1.198 votos. A diferença da primeira colocada para o segundo foi de apenas 156 votos em um total de 4.805 votantes, quando o esperado era uma presença maior dos advogados nos locais de votação, algo em torno de sete mil votantes. O resultado mostra claramente que há uma divisão de grupos na advocacia alagoana.

Mostra ainda que havia ou ainda há uma grande insatisfação com a gestão dos últimos três anos, mas que apesar de todo o desgaste conseguiu eleger a sucessora. A divisão da oposição entre duas candidaturas, se analisada por uma outra ótica, serviu apenas para beneficiar o atual grupo que comanda a seccional alagoana da OAB. O resultado das urnas mostrou que há uma insatisfação, que a oposição não soube tirar proveito.

Quem sabe se os candidatos Fernando Falcão e Roberto Mendes tivessem marchados juntos, talvez o resultado teria sido outro. O placar apertado entre os dois principais candidatos serve para comprovar isso. Em 2012, o atual presidente da Ordem, Thiago Bomfim tirou proveito da divisão entre tantos candidatos e foi eleito com praticamente o dobro dos votos dados ao segundo colocado, o advogado Marcelo Brabo: 1.595 votos contra 888.

Naquela eleição foram cinco candidaturas e na atual apenas três. A vitória de Marinela consagra o trabalho feito na atual gestão, que foi duramente criticada, mas que conseguiu apesar de todas as críticas arregimentar apoio necessário a candidata que apoiava. Agora aos que fazem oposição só resta esperar pela eleição de 2018.