Paulo Chancey Jr.
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Chuvas incessantes, muitas mortes, milhares de pessoas desabrigadas. O Rio de Janeiro é a imagem do caos. Quem acordou hoje e ligou a televisão, deve ter visto a proporção da tragédia que tomou conta da capital carioca, que por um dia, deixou de ser a cidade maravilhosa para ser uma cidade desesperada, em busca de ajuda, que parece não chegar ou, simplesmente, irá apenas esperar a chuva torrencial dar uma trégua.
Antes de qualquer coisa, é lamentável contar as mortes, que até esse momento já passam de 80. Ouvir o pedido do prefeito Eduardo Paes, para que os moradores não saiam de suas casas é no mínimo assustador, uma vez que, esperamos das nossas autoridades uma palavra de conforto, ou, pelo menos, de esperança. Partindo para o lado do esporte, os prejuízos são incontáveis. O treino do time de vôlei de Bernardinho, o Rexona, começou nesta segunda às 18h, e não terminou, por conta das enchentes, que transformaram o Maracanãzinho em um Rio. As jogadoras conseguiram deixar o Ginásio apenas às 11 da manhã desta terça-feira. O treino e até o jogo do Flamengo, contra a Universidade de Chile, válido pela Copa Libertadores podem ser cancelados pelas péssimas condições do gramado do Maracanã. Vasco, Botafogo e Fluminense cancelaram as suas atividades por conta das chuvas.
Estendendo ainda mais a gravidade da situação, olhamos bem mais a frente, em 2014 e 2016. O Rio de Janeiro é um dos principais palcos da Copa do Mundo que será realizada no Brasil, e será o foco principal das olimpíadas Rio 2016. Como uma cidade que passa por um caos, poderá sediar esse tipo de evento? Não podemos fechar os olhos para isso e apenas torcer para que não chova nos dias de competição. O Brasil, o Rio de Janeiro tem todo o potencial nas mãos, mas não pode simplesmente deixar o tempo passar e brincar com as vidas, que já foram perdidas e que podem se perder alagadas ruas cariocas.
Resta-nos, orar e pedir que as coisas melhorem na cidade eternamente maravilhosa, mas que por hoje, é uma cidade triste e que precisa de ajuda!
Vale a pena ficar de olho!
Paulo Chancey Junior
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