Luis Vilar
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De volta à vida real. Fim do carnaval e com ele fim do recesso parlamentar. Reinicia a crise do Poder Legislativo de Alagoas. A Operação Taturana e seus desdobramentos não podem sair do foco da imprensa, principalmente porque ainda há tentáculos que alcançam outros poderes e precisam ser revelados, conforme forem andando as investigações da Polícia Federal em Alagoas.
O presidente da Assembléia Legislativa de Alagoas, Antônio Albuquerque (Democratas) – que é um dos indiciados pela PF sob a acusação de liderar uma quadrilha que teria desviado mais de R$ 280 milhões por meio de fraudes na folha salarial do Legislativo – pretende retomar os trabalhos afastando a crise com “boas novas”.
Albuquerque deve fincar o pé pelo Plano de Cargos e Carreiras dos servidores. É merecido, principalmente porque o plano recompensa os poucos que trabalham no Poder Legislativo. No entanto, surge em momento oportuno como mais uma das cruzadas “moralizadoras” de Antônio Albuquerque, que rasga elogios a atual “transparência” do Poder Legislativo presidido por ele mesmo.
Porém…fim do carnaval e hora dos mesmos mistérios da política alagoana. Até quando, por exemplo, a folha 108 do Poder Legislativo se parecerá com os livros dos antigos mosteiros da Idade Média. Todo mundo sabe que existe, mas ninguém sabe o que há dentro! É proibido ler, sob pena de Inquisição (em alguns casos, literalmente).
Mas, antes fosse apenas a folhas 108. É preciso ir mais fundo e aproveitar a Operação Taturana para fazer alguns cruzamentos, como com a CPI do Narcotráfico de tempos atrás e com as investigações sobre grupo de extermínio. Pelo menos dois parlamentares, da atual legislatura, já foram apontados como mandantes intelectuais de mortes ocorridas no Estado de Alagoas.
Crimes financeiros: o rosário impressiona. Lembro-me, durante coletiva, que um dos delegados da Polícia Federal colocou que os acusados passearam no Código Penal do A ao Z. Que a discussão seja aprofundada, até para que haja Justiça, já que a malandragem dos engravatados resulta – diretamente – no caos social em que estamos inseridos.
Tem gente apostando em outras operações, fruto da Taturana. Sinceramente, é só a PF querer…