Blog do Valderi
Valderi Melo
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A repentina morte do candidato a presidente pelo PSB, Eduardo Campos, poderá ter repercussões na disputa eleitoral deste ano em Alagoas. Candidato a vice-presidente do ex-governador de Pernambuco, Marina Silva, já havia manifestado publicamente sua recusa em subir no palanque do candidato ao governo alagoano pelo PP, o senador Benedito de Lira, por conta das denúncias de agressões praticadas contra a ex-mulher e que envolvem o deputado federal Arthur Lira, filho do pepista.
Com a morte de Campos, a ex-senadora pelo Acre e que em 2010 foi candidata a presidente da República obtendo mais de 20 milhões de votos, deve ser guindada naturalmente para a cabeça de chapa do PSB. Marina Silva terá que esperar a decisão dos dirigentes do PSB, mas é certo que eles não devem menosprezar o potencial eleitoral da ex-senadora que se abrigou no partido de Campos após a Justiça eleitoral ter impedido a fundação do Rede Sustentabilidade, partido que ela queria criar para disputar a eleição.
Além da ojeriza que tem ao filho do candidato a governador pelo PP, Marina Silva discorda ideologicamente da forma como o senador Benedito de Lira faz politica, principalmente por conta da eleição de 2010 quando atacou de forma dura a então candidata Heloísa Helena (PSOL) de quem a ainda vice na chapa de Campos é amiga pessoal. Como já havia anunciado publicamente que não faria campanha pra Biu em Alagoas, dificilmente Marina Silva voltará atrás nesta sua decisão e decidir subir no palanque dele na disputa estadual.
Ao candidato do PP ao governo alagoano restará mesmo assim três alternativas: passar a apoiar o tucano Aécio Neves, voltar para os braços da presidente Dilma Rousseff (PT) ou então ficar com Marina Silva, cujo partido, o PSB, indicou o candidato a vice-governador Alexandre Toledo, mesmo ela não querendo seu apoio em Alagoas. Os próximos dias dirão qual será o caminho tomado pelo candidato pepista, que de ex-aliado de Dilma passou a ser rechaçado no Palácio do Planalto.