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Sem crédito

Cresci ouvindo dizer que político tinha duas caras. Isto nunca os impediu de angariar simpatias, conquistar votos e ganhar eleições, embora a vitória certamente nunca pudesse ser para todos. O que certamente não parece ser perdoado aos políticos é o exercício de duas palavras. Quando isto ocorre, ele perde o crédito, a confiança da população.
É o que está acontecendo agora com o governo de Teotônio Vilela.
Depois de meses de paralisação de servidores, com imensos prejuízos para o estado, quando o governador resolve conversar, ele próprio, com líderes da educação, saúde e polícia civil, não encontra meios de chegar a um acordo com relação aos reajustes pleiteados e a disponibilidade do estado em atendê-los.
Nenhum deles acredita mais no que diz o governo.
Num dia, o governador diz que não há meios de oferecer qualquer aumento. No dia seguinte, surge, não se sabe de onde, condição para se reajustar salários em 22% ou 15% ou que percentual seja.
Não foi apenas uma nem foram somente duas vezes que os servidores constataram blefes em números apresentados pelo governo em reuniões patrocinadas por seus interlocutores. Conhecedores dos dados reais, os servidores chegaram a uma triste constatação. Ao invés da anunciada transparência, o governo estava tentando enganá-los.
Foi assim que, um a um, foram desacreditados o primeiro e o segundo secretários de Administração (ou Gestão Pública) e até uma comissão criada para intermediar a negociação.
Sobrou para o próprio governador a desconfiança geral. Que ele agora está tentando reverter, certamente acreditando no interesse dos funcionários públicos em soluções para o impasse.

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