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Luis Vilar

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Serra em campanha

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), teve passagem rápida por Alagoas nesta semana. Porém, longe de ser discreta. José Serra – no lançamento do Portal Transparência Ruth Cardoso – deu a entender claramente seu desejo de concorrer à presidência da República em 2010. O governador de SP frisou feitos de sua gestão no Ministério da Saúde, ao lado de Ruth Cardoso, criando – segundo ele mesmo – a rede de seguridade social do país durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Fernando Henrique também esteve no evento. A todo tempo José Serra se direcionava a FHC para exemplificar o “modelo de gestão tucana” que – novamente segundo ele – “organizou o país e deu estrutura para o que se tem hoje”.

Quanto à rede de seguridade social, Serra ainda colocou que o Governo Lula só mudou a nomenclatura. José Serra também não perdeu a oportunidade de relembrar a eleição que disputou com Luis Inácio Lula da Silva. “Em Alagoas eu ganhei!”, disse Serra. Aliás, foi o único estado da federação onde José Serra venceu, tanto no primeiro, quanto no segundo turno.

Serra lembrou isto a Fernando Henrique e agradeceu a vitória aos alagoanos. O discurso de José Serra foi de forte candidato, de quem começa a abrir os caminhos para o Planalto. Fernando Henrique Cardoso também – de forma mais sutil – teceu críticas ao atual governo e ressaltou os avanços dos oito anos de tucanato. “Deixamos de dar esmolas, para darmos cidadania”, frisou o ex-presidente, ao citar programas como Bolsa-Escola, Auxílio Gás, dentre outros.

Os tucanos devem entrar em campo ao fim das eleições municipais. Novamente deve haver uma disputa interna pelo candidato à presidência. No evento de ontem, sentiu-se falta apenas do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) que foi convidado, mas não pôde vir. Bom para José Serra.

José Serra espera que cresçam as chances da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, disputar a presidência pelo PT. O governador de São Paulo aparece em pesquisas com pouco mais de 30% das intenções de votos no primeiro turno, com este quadro. Aécio Neves fica com 15%. Ou seja, se vai Dilma, o PSDB tem que lançar o mais forte nas pesquisas.

Fora isto, o tucano apresenta seu currículo ao partido: um ministro com boa avaliação, a visibilidade do Governo paulista e a experiência de uma campanha presidencial com direito ao segundo turno. Serra transpira Brasília em seus discursos e não foi diferente em Maceió. Enquanto isto, Aécio Neves – segundo a imprensa nacional – tenta deixar o PSDB e pode mudar o quadro formando uma dobradinha com os partidos da base de Lula e sendo o candidato do Palácio. Proximidade já existe na atual eleição municipal em Belo Horizonte.

Porém, nesta história toda como fica Geraldo Alckmin, caso perca a eleição que disputa neste ano em São Paulo? Serra sabe bem o que é disputar espaço com Alckmin.

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