Luis Vilar
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Mesmo tendo a maior parte da bancada da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) sofreu uma dura derrota, ao serem derrubados os vetos governamentais. Primeiro, a matéria se arrastou no tempo, depois vieram às desculpas e o jogo do empurra, quando o assunto era o entrave sobre tais emendas, por fim, os deputados aplicaram o “duro golpe”.
Com isto, o governador entendeu que quem tem uma bancada destas, não precisa de inimigo. Para o governador, a votação das emendas foi contaminada pelas investigações da Operação Taturana. Agora, resta a Vilela recorrer ao Supremo Tribunal Federal, nos casos em que as derrubadas de vetos são inconstitucionais.
O fato não deixar de produzir certa “mácula” na relação harmônica entre o governador e sua bancada, já que as posições do Governo do Estado – nas sessões legislativas – não eram defendidas por quase nenhum dos parlamentares.
Vilela adotou ainda o discurso da redução do duodécimo do Poder Legislativo. Já está mais do que comprovado que os parlamentares recebem muito além do que o necessário para manter a Casa de Tavares Bastos. É esperar para ver os desdobramentos, que – creiam caros amigos – serão muitos e podem rapidamente produzir adversários onde antes se via amigos.
Caros leitores, no post anterior não sou “maldoso” com o prefeito, como colocaram, nem é desinformação expor o que vem acontecendo. Como coloco, sou um entusiasta das ações da Prefeitura Municipal que estão dando certo. Apenas acredito, que não podemos entrar num “oba-oba” e esquecer que há setores que precisam de mais “luz” e – consequentemente – “explicações”.
Os adversários de Almeida – de certo – deixam muito a desejar e já deram fortes provas, em administrações questionáveis, de suas capacidades. Não torço por uma pessoa, mas sim por ações que resultem em dias melhores para todos nós. Também cito isto no texto. Agora, permitam que eu coloque o que penso: acho que a Prefeitura precisa dar mais explicações sim.
Estão aí, para quem quiser ver, as ações da Procuradoria Regional do Trabalho, uma das mais recentes cobrando ações na Assistência Social. Ora, já era para a Prefeitura ter se debruçado sobre cada detalhe desta pasta há muito tempo.
Fora isto, quem é estudante e depende de transporte urbano sabe bem do que falo: a SMTT, que sempre recuou diante dos interesses patronais e empresariais. É fato que isto não é da gestão de Almeida, vem de antes. Porém, com a posição política e a aprovação popular que o prefeito tem, é o momento certo de enfrentar os tubarões.
Desejo sorte às ações da Prefeitura Municipal, até porque torço por Maceió. Meu texto não visa defender, nem acusar ninguém. Apenas, em um espaço democrático, de forma limpa, assinando, e sem ofensas pessoais (como sempre fiz) quero poder deixar claro que nossos representantes precisam sim prestar contas de absolutamente tudo á sociedade civil organizada.
Acredito nisto. Reconheço – como afirmei no post anterior e afirmo agora – que há avanços na atual administração. Porém, há setores que mais parecem tartarugas e não comungam das inovações que orgulham os maceioenses, que inclusive me criticaram tão veementemente nos comentários.
Porém, reassumo minha postura na certeza de que não houve ataque pessoal, nem ofensa, mas apenas questionamentos, precisos, pontuais e calcados em informações que se encontram na PRT, Ministério Público e até mesmo na imprensa. Eis o meu compromisso…
Admirar uma gestão, sonhar com dias melhores, reconhecer feitos, saber diferenciar o atual modelo de um passado sofrido, não significa dar um cheque em branco. Uma prova dos problemas na Educação, são os estagiários ocupando os cargos de professores, que só vem sendo corrigido graças aos órgãos fiscalizadores.
São dados, processos, números, ações e ausência de ações e não distorção dos fatos! Repito: Há falhas sim. Apontá-las nem sempre significa embate eleitoral, mas dever cívico e democrático da sociedade civil organizada.