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SUS condena pacientes com leucemia a morte

Da assessoria da Defensoria Pública

A falta de atendimento a portadores de leucemia tem gerado inquietações à Defensoria Pública do Estado de Alagoas. Pensando em resolver este descaso com o carente que não tem condições de arcar com os custos de um tratamento particular, o defensor público e coordenador do Núcleo da Saúde, Ricardo Melro, irá reunir amanhã (1), às 14h e 30min, na sede da Defensoria Pública, com representantes da Associação dos Pais e Amigos dos Leucêmicos de Alagoas (APALA), familiares de leucêmicos. Além disso, o defensor irá convidar representantes do poder público para participar da reunião a fim de encontrar uma solução imediata.
De acordo com o coordenador do Núcleo da Saúde da Defensoria Pública, os hospitais credenciados para fazer tratamentos oncológicos não estão recebendo este tipo de paciente – o leucêmico. “O Hospital Universitário, por exemplo, faz anos que não faz este tratamento, alegando falta de estrutura. E faz 15 dias que a Santa Casa suspendeu o tratamento, argumentando que precisa do apoio do poder público para o fornecimento de plaquetas, pois sem essas o tratamento é em vão. Não é possível que nossos cidadãos terão que ir a outros Estados em busca de tratamento”, diz o defensor
Ele ressalta que, além disso, o exame de imunofenotipagem que serve para saber qual tipo de leucemia e o conseqüente tratamento para ela, também não está sendo realizado no momento, deixando todos os portadores dessa doença sem o menor tratamento, sequer internação.
O defensor público afirma que procurou o Secretário Municipal de Saúde, Adeilson Loureiro, e que segundo o gestor, ainda não tinha conhecimento dessa situação, mas iria tomar providências. Por sua vez, a Secretaria de Estado da Saúde, na pessoa do médico João Carlos, frisou que a responsabilidade disso é dos hospitais credenciados e do município.
“ Para mim, todos estes tem responsabilidade nesta situação. E não é admissível que casos de Leucemias em Alagoas não recebam o tratamento que a Constituição Federal determina, e cabe nessas hipóteses intervenção célere e eficaz do Poder Judiciário que tem sido a última esperança para o cidadão pobre em ter acesso ao seu direito mais fundamental: que é a própria vida”, pontua o defensor.

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