TRE registra o pedido de nove candidaturas ao governo em Alagoas

Passado o prazo para registro de candidaturas, o cenário político em Alagoas ficou praticamente definido com nove postulantes ao cargo principal que estará em disputa nas eleições deste ano: o de governador. Além do senador Benedito de Lira (PP), do deputado federal Renan Filho (PMDB) e do ex-procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares (PSDB), outros seis candidatos pediram registro junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas: Jeferson Piones (PRTB); Mário Agra (PSOL); Adroaldo Freitas Goulart (PRTB) ; Golbery Couto (PCB); Joathas Cavalcante (PTC) e Luciano Balbino (PTN).

O eleitor alagoano terá nesses nomes que solicitaram registro junto à Justiça eleitoral, a oportunidade de analisar qual deles poderá a partir de 1º de janeiro de 2015 administrar o Estado com possibilidades de trazer o desenvolvimento e o crescimento econômico e social que tanto Alagoas precisa. As opções estão postas e a expectativa é de que a partir do encerramento da copa do mundo, a campanha de rua propriamente dita tenha início.

Briga pelo Senado

Mesmo com o pedido de registro para oito candidaturas ao Senado, a briga pela única vaga que Alagoas terá em disputa na eleição de outubro deste ano se restringirá com certeza a dois nomes: o atual senador Fernando Collor (PTB) e a vereadora Heloísa Helena (PSOL). Não que se possa desprezar outros nomes, a exemplo do advogado e procurador de Estado, Omar Coelho (DEM), mas que a briga promete ser Collor-Heloísa, disso ninguém tenha dúvida.

Por uma boa causa

A grande surpresa desse período pré-eleitoral foi sem dúvida a indicação do deputado estadual Gilvan Barros (PSDB) como candidato a vice-governador na chapa do tucano Eduardo Tavares. Gilvan Barros – que está exercendo seu sexto mandato seguido como deputado na Assembleia Legislativa desde quando foi eleito em 1990 – deixa assim uma reeleição tranquila para como homem de partido aceitar praticamente um ‘sacrifício eleitoral’.

Tapa buraco

Outra surpresa no ninho tucano foi à indicação do professor e cientista político Eduardo Magalhães como o nome do PSDB para disputar a vaga de senador. Magalhães possui ligações muito fortes com o governador Teotonio Vilela Filho e pode até mesmo não se manter na disputa, pois os comentários de bastidores são de que a apresentação de seu nome como candidato ao Senado serviu para cumprir a exigência da Justiça eleitoral.

Tapa buraco-2

Na verdade o desejo dos caciques tucanos em Alagoas seria atrair para a disputa pela vaga de senador, a ex-secretária de Turismo no governo Manoel Gomes de Barros, a empresária Thereza Lyra, viúva de Pedro Collor e irmão do senador Fernando Collor. Ela é filiada ao PSDB e seu nome é visto com muito entusiasmo pelos tucanos para enfrentar o ex-cunhado na urnas. Resta saber se ela aceita o desafio e se terá votos para vencer ou ajudar a derrotar Collor.

Suruagy de volta

Longe das urnas desde a eleição de 2002 – a última vez que disputou foi em 1998 quando se candidatou a deputado federal e amargou uma suplência –, o ex-governador Divaldo Suruagy é um dos nomes apresentados pelo PPS na relação dos candidatos a deputado estadual. Suruagy – que governou Alagoas por três mandatos, sendo que no último renunciou por conta de uma grave crise que enfrentava – pode assim voltar a ocupar uma cadeira na Casa Tavares Bastos.

Fim de governo pífio

Depois do pífio desempenho que teve em seu terceiro mandato como governador, onde o Estado enfrentava uma crise financeira sem precedentes, com salários atrasados e greves em todos os setores, Suruagy renunciou e passou o cargo para o vice Mano. Em 1998 disputou o mandato de federal ficou como suplente em sua coligação e em janeiro de 2001 assumiu o mandato com a eleição de Albérico Cordeiro como prefeito de Palmeira dos índios.