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A pedido do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), os tucanos, que circulam o gabinete do Palácio República dos Palmares, entraram nos gabinetes de Brasília para impedir o retorno dos deputados taturanas.
Um secretário, de confiança de Vilela, contactou dois cardeais do partido, um deles o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. A eles, mostrou-se a situação política de Alagoas e os riscos da volta aos cargos de parlamentares acusados de desviar R$ 300 milhões.
Um destes riscos: os deputados articularem a proposta de impeachment de Vilela, na Assembleia. O PSDB ainda sonha transformar Alagoas em um case do partido e, para quem briga por espaço político em 2010, ver um chefe do Executivo da legenda desestabilizado significa perda de espaço. Vide-se: o sonho do Palácio do Planalto.
Pelo sim pelo não, o Palácio comemorou, discretamente, o que chamaram "colher de chá" do ministro Gilmar Mendes e vêem nisso um dos resultados da empreitada alagoana, via Governo, para barrar os deputados. Pelo menos por enquanto.
O pedido de Gilmar é uma surpresa, segundo disse ao blog um integrante do alto escalão do Ministério Público. Na prática, Mendes quer que o advogado Fábio Ferrário anexe ao processo cópias do julgamento da liminar pelo Tribunal de Justiça- a instância local – que pede a extensão do retorno aos cargos de todos os afastados, antes de isso chegar a instância superior.
Nem a liminar nem o julgamento existem porque esta questão jurídica nem passou pelo tribunal. Havia uma aparente certeza: a presidente do TJ, desembargadora Elisabeth Carvalho, negaria o pedido.
Considerado um dos advogados mais brilhantes de Alagoas, Ferrário tenta entender o que aconteceu. Será que a resposta não está na ante-sala do governador alagoano?

E COLLOR NÃO RESPONDE

Passando do Palácio ao senador Fernando Collor (PTB). Os suplentes do PTB tentaram convencer o ex-presidente da República a assinar requerimento pedindo a cassação dos taturanas. Até cogitaram que isso fosse feito unicamente contra o deputado Antônio Albuquerque (sem partido), inimigo de Collor. Nada feito.
Pelo regimento interno da Assembleia, um partido pode solicitar a cassação de um deputado. Nenhum se ofereceu para isso.
Sem a resposta de Collor, os suplentes do PTB armam um "plano B". Um deles sairia do partido e se filiaria ao PPS, que entraria com o pedido de cassação dos deputados.
Mas, existe um problema: o deputado Marcos Barbosa é do PPS e indiciado pela Taturana. Logo, incluído na lista dos cassados. Isso significa que o partido vai pedir a cabeça dele? Parece que sim, mas Barbosa nem sabe que embarcou na nau da trairagem.
O PPS perderia um deputado e ganharia outro. Tudo obedecendo uma ordem estranha: a do Palácio República dos Palmares.

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