Usuário Legado
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Existe uma certa "omissão voluntária" do Palácio República dos Palmares, vide-se: governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), com o pandemônio político existente na Assembleia Legislativa de Alagoas. Isso porque, em nome de "não se meter naquele poder", o governador tenta reforçar suas alianças políticas em 2010, ampliando o guarda-chuva das composições. Tudo para garantir a reeleição, que ele achará tranquila. E talvez o seja.
E todos ganham, menos o cidadão alagoano, obrigado a assistir de camarote o descalabro campeando na Casa de Tavares Bastos.
Assim, foi o próprio chefe do Executivo a tratar de forma surpreendente deputados taturanas, ofertando-os cargos e benesses sem muitos chamegos; chegou até a prejudicar o andamento de apuração, dando foro privilegiado a quem deveria perdê-lo. Uma ajuda integral para 2010 e a ser cobrada, em tempo exato.
Em outros casos, os mimos ainda aumentam a generosidade característica do governador: chega a tratar alguns parlamentares afastados como verdadeiros aliados, coisas que só coração deve explicar. Ou quem sabe, de forma mais pragmática, o xadrez de uma reeleição que se avizinha tem lá seus entendimentos.
Afinal, nada consta na ficha de amigos tão próximos. Apenas algumas acusações da Polícia Federal. Bobagens. Por que não continuar com tradições tão arraigadas aos "chegados", ofertando-os um conforto ali, uma amarra acolá, desconsiderando a gravidade de tantos escândalos? Em troca, oferece-se o que o chefe do Executivo faz até hoje: acreditar que o hospício que Alagoas está mergulhada é uma invenção dos loucos. E os loucos são os alagoanos.
São tempos novos na política local. Em instantes de pouca fartura de votos e conscientização cidadã, aceita-se o patrocinio político de qualquer um. Seja ele envolvido no mata-mata, no roubo nosso de cada dia ou na mentira deslavada para impressionar a platéia atônita. Afinal, poder pelo poder, ao que parece, vale tudo para alcançá-lo.
Não se pode- claro- dizer que o governador esteja patrocinando publicamente a corrupção. Mas, é no mínimo estranho tanta gente envolvida – aliados do governador para 2010- partilhando um mesmo palco. E não se negará os votos de amigos- pelo visto íntegros- para uma eleição como a de 2010.
Apenas – unicamente apenas- o chefe do Executivo deve- ele próprio- analisar o peso destes aliados de ficha corrida de forma solta e leve na lama da politicalha, uma mistura de política com chiqueiro mesmo, com o perdão aos leitores e aos porcos.