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Crônicas e Agudas por Walmar Brêda

Walmar Coelho Breda Junior é formado em odontologia pela Ufal, mas também é um observador atento do cotidiano. Em 2015 lançou o livro "Crônicas e Agudas" onde pôde registrar suas impressões sobre o mundo sob um olhar bem-humorado, sagaz e original. No blog do mesmo nome é possível conferir sua verve de escritor e sua visão interessante sobre o cotidiano.

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

VAR cinação

Hoje assisti estupefato o segundo vídeo onde o vacinador finge que vacina o vacinado e na verdade não vacina coisíssima nenhuma.

Pela análise do VAR, não resta dúvida -a dissimuladora de jaleco branco apalpa o braço flácido das vovós, passa um algodãozinho com álcool  e “vabei!“ -tome uma furada na carne, onde a dor é a única coisa real da asquerosa e abjeta encenação.
  As vovós voltam para a casa com os bracinhos furados, certas que estão recebendo o salvo conduto para uma vida como antes, sem riscos de morrerem pronadas, longe da família e com um tubo na traqueia.
Só que não, amigos….
Mas, e a bandida de jaleco, qual a sua punição? Dante Alighieri em sua monumental obra A Divina Comédia, enumera 9 círculos no Inferno, sendo os últimos reservados para os piores pecadores. Acredito que o Capiroto deveria construir um décimo apenas para abrigar esses malditos vacinadores de araque enganardores  de velhinhas. Aproveitava e ainda botava uns políticos safados juntos para economizar espaço.
Fico pensando como alguém que escolheu a área de saúde para ganhar a vida é capaz de um ato como esse? É como o cirurgião que passa o bisturi, finge que operou e manda o doente para a casa. Onde anda o tal remorso, tão fora de moda? A indiferença pela vida do outro é de causar revolta.
Bem, imagino que a causa seja óbvia: juntar umas vacinazinhas não aplicadas nos merecedores da vez e levar para a casa para imunizar os seus familiares -ou até vender para a vizinha- vai saber. O fato é que as vovós não devem mais confiar nos vacinadores nem virar o rosto para não ver a agulhada.  Olhos atentos se faz necessário e, de preferência,  até uma análise do VAR logo após a furadinha.
É, o Coronavírus ainda não conseguiu superar o ser humano como o seu maior inimigo.

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