Passados quase dois anos do início da pandemia provocada pelo novo coronavírus, ainda vivemos sob ameaça latente sobretudo com as novas variantes que continuam a assombrar a sobrevivência de nós, seres humanos. Para aqueles que buscam um sentido em tudo ou sentem a necessidade de encontrar explicação mística, religiosa ou filosófica para o que nos...
Passados quase dois anos do início da pandemia provocada pelo novo coronavírus, ainda vivemos sob ameaça latente sobretudo com as novas variantes que continuam a assombrar a sobrevivência de nós, seres humanos. Para aqueles que buscam um sentido em tudo ou sentem a necessidade de encontrar explicação mística, religiosa ou filosófica para o que nos cerca e nos intriga, aqui vai uma humilde constatação: Desde que o mundo é mundo que os seres vivos buscam sempre duas coisas: sobreviver e reproduzir —ganhar dinheiro e ficar famoso é algo apenas dos seres humanos e só recentemente ganhou ainda mais relevância.
Como bem disse o personagem de Jeff Goldblum em Parque dos Dinossauros, “a natureza sempre encontra uma maneira”. Pois é, cada ser vivo utiliza as armas que tem —um vírus é o que há de mais simples na natureza, tanto que muitos nem o considera um ser vivo— porém, tem uma capacidade enorme de promover mutações genéticas que lhes garantem sua sobrevivência e reprodução. As novas variantes que pululam nos noticiários de tempos em tempos são a prova disso. Seres humanos munidos de anticorpos eficazes em aniquilar os minúsculos bichinhos, exigem uma geração de vírus resistentes para que eles continuem fazendo o que fazem de melhor: infectar células humanas para depois chamar de suas.
Já o bicho homem com toda sua complexidade biológica e mania de grandeza divina, utiliza seu enorme arsenal capitaneado pela principal ferramenta: a inteligência. A humanidade assustada com a tragédia sanitária e econômica causadas pelo novo Coronavirus, colocou seus melhores cérebros e suas maiores fortunas para enfrentar essa batalha invisível, buscando fortalecer-nos biologicamente para que possamos seguir fazendo o que sempre desejamos: sobreviver e reproduzir —de preferência numa cobertura à beira mar, mas isso é uma outra história.
Então no momento estamos assim: a eterna luta do gato contra o rato, onde não sabemos bem qual dos dois somos nós. Mas, a natureza sempre dá um jeito. A humanidade com seu complexo de Deus, sente-se sempre escolhida a sobreviver nesse planeta, portanto haveremos de sair vencedores —oxalá. Enquanto isso não acontece, continuamos presos a protocolos sanitários e tratamentos eficazes ou não, a fim de nos salvaguardarmos diante dessa tensa batalha pela sobrevivência. Acontece que, enquanto nossa espécie acaba politizando algo que deveria ser apenas das ciências naturais, o vírus não quer nem saber e já parte para uma nova mutação e autofortalecimento.
Sim, a natureza sempre encontra uma maneira, mas o homem sempre acaba encontrando uma maneira de piorar as coisas.