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A ameaça existe e cai de pára-quedas no meio do impasse entre professores e Governo. Quem diz isso é o vice-governador, José Wanderley Neto (PMDB), que assume o posto mais alto do Executivo por sete dias- o titular, Teotonio Vilela Filho está doente.
“A gente está pagando os salários atrasados. Esse atraso não nos satisfaz, o governador não gosta disso. O certo era que pagássemos dia 5 e pagamos dia 15. Como podemos pensar em aumentar salários, se estamos pagando os salários do servidor em atraso? Tínhamos uma ideia para regularizar isso, mas veio a crise financeira internacional”. Continuou: “O governador já disse que não sabia se pagaria o 13º salário”.
E só o 13º é o problema? Que nada. "Eu pensava que cirurgia cardíaca [Wanderley Neto é médico] era mais difícil. A política é mais difícil”. O bisturi de Wanderley Neto não poupou a greve dos professores, a área de comunicação do Governo, a burocracia da máquina. Falou de Saúde: pediu mais união do prefeito Cícero Almeida (PP)- de Maceió. Os casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC)- liderança de mortes no Hospital Geral do Estado, o maior de Alagoas- poderiam ser evitados se a saúde básica atendesse aos doentes de pressão alta. "Já falamos tanto isso com o prefeito. Não falta dinheiro. Não sei o que falta, na verdade. O trabalho do Governo está sendo feito. É porque não entrevistam mais o secretário de Saúde [Herbert Motta]. Se não fosse a ação do Governo, a saúde pararia. Os atendimentos no Hospital Geral do Estado mostram isso".
O governador em exercício disse que ele e o governador conversaram com o desembargador Tutmés Airan. A proposta era pedir ajuda a ele para tentar convencer o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal) a acabar com a paralisação. O encontro foi semana passada. E voltou a reclamar do Governo. Falou da burocracia. Contra ela, disse que o procurador Geral do Estado, Mário Jorge Uchoa, vai viajar a Minas Gerais. “Será uma tentativa de diminuir a burocracia. Temos, por exemplo, execuções fiscais. Para se cobrar, fica caro. Temos que ver quais vamos cobrar, se vale a pena”, disse.
Discreto, Wanderley falou bastante. O bisturi foi enérgico, desta vez na área de Comunicação: “Há coisas que estão acontecendo no Governo e a gente do Governo não sabe”. Isso quer dizer o quê? “Temos dificuldade de comunicação interna e externa. A área de comunicação não é boa”, disse. Há dois meses, o Governo trocou, pela terceira vez, o secretário de Comunicação. Assumiu o cargo o jornalista Nelson Ferreira.

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