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Ensinar nas escolas públicas de Maceió virou tarefa de risco. A conclusão é do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal) que, desde 2006, traçou uma radiografia das áreas da capital consideradas as mais perigosas, tanto para professores como para alunos.
As escolas localizadas às margens da Lagoa Mundaú, incluindo Dique-Estrada, Bom Parto e a parte alta (Jacintinho e Benedito Bentes) são consideradas as mais arriscadas, porque nestes locais estão as bases do tráfico na capital.
Há um caso, nestas regiões, de professores que não podem sequer falar dos riscos das drogas com os alunos. "Eles recebem aviso dos alunos para mudar de assunto", diz a presidente do sindicato, Girlene Lázaro.
Pais com medo
Não é apenas isso. Na escola Anaías de Lima, no Vergel do Lago, o tráfico determinou até o horário do funcionamento da escola: manhã e tarde. Mesmo assim, os pais foram à escola para retirar os filhos dela.
Uma professora foi assaltada, com revólver, em uma sala de aula; na Chã da Jaqueira, dentro da Escola João Paulo II, outra professora teve o carro arranhado. Motivo: recusou-se a dar carona para dois alunos.
"A briga de traficantes respinga nas escolas. É uma bola de neve, ninguém sabe o que fazer", explica Lázaro.
O assunto virou pauta na Assembléia Legislativa. Segundo o deputado Jeferson Morais (DEM), quatro escolas e uma creche no Benedito Bentes foram fechadas, a mando do tráfico.
Reunião
Hoje, às 15 horas, no Benedito Bentes, a comunidade se reúne com a polícia militar para buscar soluções para o fim da violência.