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Pop Boy

Marcos Filipe é jornalista formado pela Universidade Federal de Alagoas e viciado em tudo o que envolve Mídias Sociais, Cinema, Televisão, Música, Literatura e Eventos. Um Geek de carteirinha, ligado em desenho animado e games. Desde 2010 escreve sobre esses assuntos se alimentando todos os dias da mais pura Cultura Pop.

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Xuxa e 30 anos de memórias na TV Globo

Fases de Xuxa na Rede Globo
Fases de Xuxa na Rede Globo

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Muitos sites estão vinculando que apresentadora Xuxa depois de 30 anos de carreira está deixando a Rede Globo de Televisão. De ambos os lados, o silêncio, ninguém se pronunciou. Mesmo sem ter a confirmação, resolvi escrever um post sobre a apresentadora que é símbolo de várias gerações no país.

Nasci em 1987, ano que em o Xou da Xuxa completava um ano de existência. Minha primeira recordação da Rainha dos Baixinhos, era a nave pela qual ela descia e que tinha uma enorme boca em sua entrada, esse era o ano de 1990, tinha três anos.

Porém, antes disso tudo, Xuxa havia iniciado sua carreira na extinta TV Manchete e inaugurado um novo estilo de programa infantil, nunca visto em lugar nenhum do mundo: um mix de brincadeiras, músicas, desenhos animados; tudo isso comandado por uma apresentadora.

Esta época rendeu e ainda rende inúmeros memes como o famoso “senta ali Cláudia”. Em uma entrevista no antigo programa Jô Soares Onze e Meia no SBT, ela explicou que isso era natural, porque haviam ajudantes de palco e ao mesmo tempo Xuxa era produtora, diretora de palco e apresentadora.

Isso chamou a atenção da Globo e em 1986 ele iniciou sua carreira global. As crianças ficavam anciosas esperando a hora em que a loirinha descia da sua nave e distribuía beijos para todos. Paquitas, Paquitos, Dengue, Praga e as irmãs Metralhas formavam o elenco do programa que iniciou tímido, mas em seguida tomou conta das manhãs de Globo e passou a ser exibido seis dias da semana.

O Xou da Xuxa acabou, mas o poderia de simpatia e a capacidade de dialogar com os pequenos rendeu um novo programa, o Xuxa Park, em 1994. Em 1997 os jovens ganharam o Planeta Xuxa, com um formato diferente do que já havia trabalhado, o programa era o começo de uma possível transição de público. Minhas tardes de domingo não eram completas se não assistisse, por exemplo, o quadro Intimidade. Revendo a atração no Canal Viva, vejo como a década de 1990 era brega, divertida e algumas vezes, constrangedora.

Em 2001, a Rainha volta a trabalhar com as crianças no Xuxa no Mundo da Imaginação que evoluiu para o TV Xuxa. Dois anos depois ela ganhou um novo formato para toda a família nas tardes de sábado.

Na história da televisão brasileira e na da Tv Globo, Xuxa será sempre lembrada como fenômeno de Ibope, de produtos ligados ao seu nome e de venda de discos.

Duas lembranças que marcam a minha infância era no fim de ano e seus especiais de Natal. Uma prima gravava em VHS e ficávamos o restante do ano assistindo, sem enjoar. A segunda era quando um novo álbum era lançado e corria com a minha mãe para as antigas Lojas Brasileiras (LOBRAS) para comprar.

Enfim, é uma pena que no próximo ano a Rede Globo completará 50 anos e não tenha mais em seu elenco, uma das suas grandes estrelas. Talvez por culpa própria, não sabendo trabalhar a imagem da apresentadora na mudança de públicos e horários, Xuxa foi perdendo espaço.

Mas enquanto existir um baixinho, sempre Xuxa será lembrada. Espero vê-la em breve na telinha, renovando-se e voltando a fazer o que ela sempre gostou: animar os lares dos brasileiros.

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